O volume de vendas no comércio varejista brasileiro cresceu 0,5% em maio na comparação com abril, após três meses de quedas consecutivas, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (16) pelo IBGE. A recuperação do crescimento no varejo está diretamente relacionada à perda de fôlego da inflação
A compra de televisores por conta do Mundial de futebol também contribuiu positivamente, levando o volume de vendas de artigos de uso pessoal e doméstico a apresentar, em maio, a maior taxa de crescimento anual (+12,5%) dentre os dez ramos pesquisados pelo IBGE.
Apesar da reversão das quedas no curto prazo, no comparativo anual o crescimento de maio se deu abaixo da média do primeiro quadrimestre (+5,2%). Em relação a maio de 2013 houve expansão de 4,8%, destacando-se, também, as vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+9,9%).
Em maio, todos os segmentos do varejo restrito registraram alta – o que não ocorria desde abril do ano passado –, e o crescimento foi puxado pelos ramos de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (+2,4%) e de artigos de uso pessoal e doméstico (+2,3%). Já no varejo ampliado, que leva em conta as vendas do comércio automotivo (-1,9%) e de materiais de construção (-0,3%), houve queda de -0,3% em maio ante abril.
No acumulado do ano, os ramos de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+4,1%) e de combustíveis e lubrificantes (+5,5%) têm sido aqueles com maior contribuição para o crescimento das vendas. O desempenho das vendas de livros, jornais, revistas e papelaria (-4,7%), por outro lado, vem impedindo um resultado ainda mais positivo do varejo.
No corte regional, Acre (+10,8%), Tocantins (+19,0%) e Alagoas (+9,3%) são os Estados com melhor desempenho em vendas no acumulado do ano.
Para junho, a expectativa é que o volume de vendas do varejo cresça 0,6% na comparação mensal. Ao término de 2014, o volume de vendas do varejo deverá apresentar expansão de aproximadamente 4,4%, com destaque para as vendas de artigos de uso pessoal e doméstico (+10,0%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+8,0%).
Fonte: Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)