Varejo: 85% das empresas que inovaram tiveram aumento de lucro

Segundo estudo da CNC, das inovações feitas, 73% foram classificadas como incrementais

Investir em inovação tem se mostrado um diferencial para as empresas do varejo brasileiro. De acordo com um levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), 85% das empresas de varejo que inovaram em 2022 relataram aumento de lucro ou valorização de marca.

“A pesquisa aponta que a inovação impacta diretamente o aumento de lucro ou a valorização da marca, o que demonstra o retorno positivo dessas ações”, afirma Maurício Ogawa, diretor de Economia e Inovação da CNC.

Das inovações feitas, 73% foram classificadas como incrementais – pequenas modificações em produtos, serviços ou processos, com menor risco e investimento.

As principais áreas em que as inovações ocorreram incluem métodos de marketing e pós-venda (83%), processamento de informações e comunicação (78%) e práticas de gestão organizacional (74%).

Inovar aumenta o lucro

Segundo o estudo, empresas com mais de 50 funcionários têm 4,6 vezes mais chances de inovar, em comparação às empresas de pequeno porte, que possuem até 10 colaboradores. Esse resultado sugere que a capacidade de inovação está diretamente ligada à estrutura e à disponibilidade de recursos, uma vez que organizações maiores tendem a ter mais condições para reter talentos e investir em melhorias tecnológicas e de processos.

A pesquisa também identificou os principais obstáculos enfrentados pelas empresas que não inovaram. Entre as justificativas mais citadas, destacam-se a falta de necessidade devido às condições de mercado (43%) e a falta de conhecimento ou interesse (7%). Além disso, fatores como a instabilidade econômica (54%) e a ausência de incentivos fiscais e financeiros (51%) foram apontados como barreiras significativas para a inovação.

“Esses resultados reforçam a necessidade de criar condições mais favoráveis para que empresas de todos os portes possam inovar, com políticas de apoio financeiro e a promoção de uma cultura de inovação no setor varejista”, destaca Maurício Ogawa.

A pesquisa foi efetuada em oito regiões metropolitanas, com 840 entrevistas direcionadas a tomadores de decisão de empresas de pequeno, médio e grande porte, classificadas de acordo com o número de funcionários. Empresas com até 10 funcionários foram consideradas de pequeno porte; de 11 a 49, de médio porte; e as com mais de 50 funcionários, de grande porte.

Imagem: Shutterstock

 

Redação

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