O Brasil está entre os países com maior índice de fraudes virtuais. De acordo com um levantamento publicado em artigo da edição de segurança do Canaltech, o país aparece como o 10º mais atingido por casos de fraude de identidade, com 0,4% de todos os casos de crimes desse tipo detectados no mundo.
Um outro levantamento, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que as tentativas de fraudes online aumentaram cerca de 80% nos últimos anos. Os indicadores desses crimes vivem um boom no país, sendo que as fraudes de identidade sintética, ou seja, as que mesclam dados verdadeiros e falsos, aparecem entre as mais recorrentes.
Por isso as expectativas estão em alta no segmento de combate à fraude. Na onda da necessidade de coibir esses crimes, algumas companhias estão apostando fortemente no aprimoramento de tecnologias e ferramentas capazes de identificar preventivamente ações que podem levar a fraudes.
A Who, empresa mineira de prevenção a fraude criada a partir do reposicionamento da BRT Intelligence, é um dos negócios que está ajudando a crescer e desenvolver esse mercado. Atualmente a Who já atende instituições financeiras de segmentos distintos e se prepara para ampliar a carteira inclusive para outros segmentos.
Os serviços são oferecidos majoritariamente para empresas do segmento financeiro, mas contemplam ainda diversas atividades de outros tipos de clientes que trabalham com risco financeiro, como empresas do setor de telecom e da área de saúde, por exemplo. A estratégia é focar no consenso de que prevenir é a medida mais eficaz.
Resultados
Nos últimos três anos a Who evitou que mais de R$ 1,1 bilhão fosse fraudado. No mesmo período, a empresa ainda deu aval para a liberação de mais de R$ 55 bilhões em crédito. Além disso, desde 2020 foram emitidos mais de um milhão de laudos de contestação, que são análises da veracidade de uma operação de crédito.
Para alcançar esses resultados, a empresa vai concluir neste ano um aporte de R$ 25 milhões – iniciado em 2019 – em um grande projeto de transformação digital, tendo 4 pilares: pessoas, processos, cultura e novas tecnologias. Os investimentos permitiram que, hoje, 55% das operações da empresa sejam totalmente digitais.
A Who encerrou 2022 com faturamento na casa dos R$ 50 milhões. Para este ano a estimativa é alcançar pelo menos R$ 70 milhões. A meta é duplicar o faturamento atual até 2024, alcançando R$ 100 milhões. Atualmente a empresa gera 440 empregos diretos e estão previstas novas contratações para este ano.
Histórico
O CEO e fundador da Who, Olívio Henrique Alvares Rosa, afirma que “as tentativas de fraude sempre estiveram presentes no universo dos serviços financeiros e provocam prejuízos não apenas aos bancos, às empresas e aos clientes, mas impactam toda a sociedade porque encarecem o preço final dos produtos”.
Além da apresentação de documentação fraudada para abertura de cadastro e contas, entre os golpes mais comuns no mercado financeiro estão a solicitação de crédito utilizando identidade de terceiros e ainda a lavagem de dinheiro, por meio de transferência ou depósitos em contas bancárias frias, geralmente, criadas por fraudadores de identidade.
Prevenção
O CEO explica que, atualmente, a companhia oferece dezenas de produtos com alto índice de aprovações seguras. Entre eles o Fraud Center. “É uma metodologia que utiliza a ciência de dados aplicada à prevenção de fraudes, mesclando dados, análise automatizada e investigativa. Trata-se de um procedimento capaz de detectar em segundos a probabilidade de um evento ser ou não uma fraude durante o onboarding”, garante.
Outro produto da empresa é voltado para prevenção de fraude em todos os canais e instrumentos de pagamento, como cartão de crédito, débito e Pix, por exemplo.
“O crescimento do consumo de produtos financeiros pelas pessoas, a disseminação do uso dos canais digitais pela internet e a evolução da tecnologia aumentaram muito as oportunidades para que fraudadores possam agir em busca de vantagens ilícitas. Nosso propósito é o de prevenir que fraudadores possam causar prejuízos à sociedade”, afirmou o CEO.
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