Após as transformações causadas pela pandemia da covid-19, o consumidor agora apresenta outro perfil. De acordo com estudo realizado pela Galunion, consultoria especializada em foodservice, os clientes buscam jornadas de compras que proporcionem mais do que apenas saciar a fome.
O conteúdo faz parte do Galunion Food&Tech Trends 2022, um estudo que mapeia os principais temas do segmento alimentício fora do lar com base em quatro áreas principais: modelo de negócios, oferta culinária, experiência e hospitalidade, além de um direcionamento para o que se espera no futuro.
“Neste sentido, vale destacar que as marcas que atuam no setor sabem o que vendem ou qual a oferta culinária que os habilitam de serem desejados como negócio. No entanto, para ganhar o jogo, é cada vez mais importante pensar em ‘como vender’, ou seja, a forma de encantar os consumidores por meio de conexões com o que pensamos, sentimos, vivemos, percebemos ao redor e transformamos em memórias”, explica a fundadora e CEO da Galunion, Simone Galante.
Consumidor como protagonista
Uma das principais tendências citadas pelos empreendedores do setor é a personalização e customização para atender o consumidor que deseja, cada vez mais, ser reconhecido em suas necessidades e poder protagonizar suas decisões.
A diversão como acompanhamento também é um dos destaques do estudo: 46% dos entrevistados escolheram o tema “Espaços que tenham outros entretenimentos, além da alimentação, ligados à cultura e lazer” como tendência de experiência que já consumiam ou pretendiam consumir.
Em um mundo onde tudo segue a onda “instagramável”, a diversão como parte da experiência no foodservice atrai novos clientes, gera mídia e divulgação da marca, feitas diretamente pelos consumidores.
Com o avanço da percepção do cuidado com as pessoas e com a comunidade, aspectos de acessibilidade têm sido esperados por grande parte dos consumidores. Outro destaque apontado é a saudabilidade, no qual a saúde passa a ser personalizada, com informações claras e opções inclusivas como diferenciais competitivos.
De acordo com o estudo, o consumidor está mais atento aos estabelecimentos que não passam pelo chamado “voto de veto”. O termo sugere lugares que não possuem serviços ou estrutura para clientes com algum tipo de restrição, seja de mobilidade ou alimentar, vetando consumo do grupo em um local onde não há opções que se adequem às suas necessidades.
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