O Google tem planos de abrir lojas físicas nas maiores regiões metropolitanas dos Estados Unidos ainda neste ano. A informação foi dada por uma fonte “extremamente confiável” ao site 9to5Google.
Mas por que uma empresa que nasceu na internet teria interesse de ir para o mundo do varejo tradicional?
Segundo a publicação, o objetivo do Google é oferecer aos clientes a oportunidade de conhecer e testar os produtos em mãos antes da compra.
O Google já tem tablets e smartphones Nexus e os Chromebooks (notebooks que usam o sistema operacional Chrome OS) no mercado. Mas a principal função das lojas físicas seria a de apresentar novidades como o Google Glass, óculos de realidade aumentada (uma espécie de “smartphone-óculos”) que deve ser lançado ainda neste ano e custar entre U$S 500 e U$S 1.000.
No caso de um produto como o Google Glass, que pretende ser revolucionário, o 9to5Google avalia que (fora os aficionados por tecnologia) poucas pessoas estariam dispostas a comprar o gadget sem antes testar. Por isso a importância da estratégica das lojas.
Alguma experiência no varejo tradicional o Google já tem. São centenas quiosques em lojas da varejista de eletrônicos Best Buy, nos Estados Unidos, e em 50 unidades da PC World, no Reino Unido. Nesses espaços, funcionários demonstram as funções dos Chromebooks e tiram dúvidas de consumidores.
Ideia maluca?
Um artigo da Forbes comenta a notícia e aborda alguns pontos que justificam por que a ideia de uma loja do Google não é maluca. Um deles: as lojas ajudariam a expandir o alcance da marca do gigante de buscas, hoje atrelada somente à internet. Mesmo que a palavra Google tenha tanta força a ponto de virar um verbo (sinônimo de buscas na internet), a marca ainda pode se expandir para outras áreas e vender de roupas a novos gadgets.
Outro ponto abordado pela Forbes: não importa o quão inovador e barato um produto seja, as pessoas sempre vão querer testá-lo antes de gastar seu precioso dinheiro. O texto diz que as lojas não precisam ser um centro de custo grande dentro da empresa, mas devem conseguir agregar valor para o cliente, como faz a Apple Store. Com 400 lojas pelo mundo, a Apple tem o maior ganho por metro quadrado em todo o varejo norte-americano – prova de que o segmento é rentável.