Projeto Fogo Alto conecta restaurantes a soluções que impulsionam a produtividade

Startups selecionadas terão soluções patrocinadas, que serão oferecidas para os restaurantes participantes

Em um cenário em que a expectativa de vida de bares e restaurantes é de apenas 3,8 anos, os empreendedores enfrentam uma série de desafios que vão além da qualidade da comida. A falta de conhecimento em gestão financeira e operacional, rotatividade de mão de obra, inflação nos preços dos insumos e até o déficit em alfabetização digital estão entre os principais desafios.

Muitos empresários buscam tecnologia para impulsionar seus negócios, mas não sabem exatamente o que procurar nem como implementar soluções adequadas. Pensando em mudar esse panorama, o Projeto Fogo Alto visa promover o match entre bares e restaurantes e startups que ofereçam soluções tecnológicas capazes de aumentar a produtividade e reduzir os custos.

As inscrições para startups e restaurantes participarem do projeto Fogo Alto já estão abertas e podem ser feitas pelo site do programa. Para as startups, o prazo final é 16 de março, com divulgação das 10 selecionadas em 2 de abril. Já os restaurantes interessados têm até 11 de abril para se inscrever, com anúncio dos selecionados em 20 de abril.

Idealizado pela Abrasel e a FabLab, o programa prevê a seleção de 10 startups, que terão seus serviços patrocinados pelo programa. O processo incluirá uma etapa de pitch para 20 finalistas, com avaliação baseada em critérios como perfil dos empreendedores, estágio do modelo de negócio, impacto no setor, grau de inovação, viabilidade técnica e suporte ao cliente.

“Vamos comprar o serviço – um pacote de produtividade – que será oferecido gratuitamente aos restaurantes selecionados”, explica Carlos Keiichi, head de Inovação da FabLab.

As startups selecionadas terão acesso a capital e ao mercado, com a aproximação com grandes marcas do foodservice que estão patrocinando o programa, além da participação em eventos internacionais, como a Anuga e a NRA.

Impacto no setor

O público-alvo do Fogo Alto inclui proprietários de pequenos, médios e grandes restaurantes, gerentes, coordenadores, donos de grandes redes de foodservice, colaboradores da indústria e investidores. Apesar disso, o foco não está apenas nos pequenos negócios, mas também em estabelecimentos que já possuem certa maturidade no mercado, com faturamento consolidado, e buscam soluções para escalar suas operações e expandir.

“Nosso objetivo é atender restaurantes, bares e outros operadores que precisam de soluções inovadoras e práticas. Queremos oferecer tecnologias que realmente impactem o setor, resolvendo problemas críticos e permitindo que os estabelecimentos operem de forma mais eficiente”, destaca Gabriel Pinheiro, diretor-executivo Abrasel.

Além do acesso gratuito às soluções tecnológicas, os restaurantes receberão orientação especializada para implementação adequada das ferramentas, contribuindo diretamente para o aumento da receita e redução de custos operacionais.

De perto

O programa está estruturado para entregar resultados mensuráveis, com acompanhamento detalhado dos índices de produtividade gerados pela adoção das tecnologias. “Queremos saber por que gerou ou não gerou resultados”, afirma Keiichi.

Cristina Souza, CEO da Gouvêa Foodservice, apontou quatro grandes desafios no processo de digitalização do foodservice:

  • Como simplificar processos por meio da tecnologia;
  • Como identificar as soluções mais adequadas para cada negócio;
  • Como implementar corretamente as ferramentas escolhidas;
  • Como utilizar a tecnologia para compreender o comportamento dos clientes.

“Esse conhecimento de tecnologia, que é tão vasto e comum em outros setores do varejo, na nossa operação, infelizmente, não tem acontecido com a potência que pode ser. A simplificação de processos é fundamental”, diz.

Cristina destaca que as decisões de investimento e reestruturação operacional devem ser guiadas pela capacidade da tecnologia de impactar positivamente o consumidor final. “Quando a gente fala em tecnologia, é comum pensar que precisamos implementá-la a qualquer custo. Mas a verdadeira pergunta é: por quê? O objetivo central deve ser melhorar a vida do cliente na ponta”, diz.

Para Thiago Silva, diretor de Inovação do iFood, o papel da tecnologia no setor de restaurantes vai muito além de melhorar o faturamento. “Sentimos que é nosso dever apoiar o mercado, trazendo mais produtividade e ajudando o ecossistema a funcionar melhor”, afirma.

Imagem: Mercado&Consumo

 

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