O Citi já está em conversas iniciais com possíveis compradores do Banamex, seu banco de varejo no México, avaliado entre US$ 9 bilhões e US$ 10 bilhões. Um dos maiores grupos financeiros do país, com US$ 55 bilhões em ativos, o gigante de Wall Street acredita que a venda de seu negócio pode levar um tempo, na medida em que haverá uma separação de suas operações no país, semelhante ao que ocorreu no Brasil, onde saiu do varejo, mas seguiu no negócio de atacado.
“Estamos iniciando algumas conversas muito preliminares com os compradores”, afirmou a presidente do Citi, Jane Fraser, em teleconferência de resultados do banco. “Mas isso vai levar tempo. Queremos fazê-lo corretamente. E por tempo, quero dizer alguns trimestres.”
Presidente-executiva do Santander, Ana Botín declarou recentemente que vai olhar o Banamex. No Brasil, nas teleconferências de resultados do quarto trimestre, o Bradesco disse não ter interesse pelo mexicano. Já o Itaú Unibanco, que arrematou o negócio de varejo do Citi no Brasil, afirmou que vai avaliar, como sempre, oportunidades de aquisição na América Latina, mas o presidente do banco, Milton Maluhy, disse que, por ora, “não parece ser o caso de ampliar presença na região”.
Relatórios de analistas, como os do Morgan Stanley e Credit Suisse, apontam Santander, Inbursa, Azteca e os bancos brasileiros como potenciais compradores do Banamex. O espanhol BBVA também poderia comprar, mas especialistas do setor apontam problemas de aprovação por órgãos de defesa da concorrência do México.
“É uma oportunidade única”, disse Fraser, em conversa com analistas e investidores, acrescentando que, além da venda direta, outra possibilidade é uma oferta inicial de ações (IPO, em inglês) do Banamex.
Com informações de Estadão Conteúdo
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