O parque Hopi Hari está impedido legalmente de efetuar pagamentos para seus credores por causa de uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que suspendeu em meados de março a homologação do plano de recuperação da empresa. A proibição inclui os titulares de créditos trabalhistas que vinham sendo pagos antes mesmo da homologação do plano.
Os administradores do parque informaram que a suspensão dos pagamentos ocorreu com a concessão de um pedido liminar apresentado pelos credores Alpha Consultoria e o banco Bradesco, que teriam crédito não preferencial de R$ 528 mil.
Os credores do Hopi Hari que aprovaram o plano em assembleia, em fevereiro, têm cerca de R$ 400 milhões a receber.
Segundo o parque, estão sendo tomadas “medidas judiciais cabíveis” para reverter a decisão.
A gestão do Hopi Hari informou ainda que tentou pagar os credores trabalhistas, com base em uma permissão em primeira instância da Justiça, e conseguiu que alguns créditos fossem realizados. No entanto, a decisão do desembargador e de segunda instância impediu a continuidade dos pagamentos, acrescentaram os administradores.
O parque enfreta há anos uma grave crise financeira e está em recuperação judicial que se arrasta desde 2016, período permeado por momentos em que o parque teve até de ficar de portas fechadas, a companhia reunirá em um mês seus credores em uma assembleia que poderá definir seu futuro.
Com informações de Estadão Conteúdo (Bruno Villas Bôas)
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