Os sites de e-commerce fundados na China Temu e Shein disseram que planejam aumentar os preços para os clientes dos EUA a partir da próxima semana, em um efeito cascata das tentativas do presidente dos EUA, Donald Trump, de corrigir o desequilíbrio comercial entre as duas maiores economias do mundo, impondo uma tarifa altíssima sobre os produtos chineses.
A Temu, que é propriedade da empresa chinesa PDD Holdings, e a Shein, que agora está sediada em Cingapura, afirmaram em avisos separados, mas quase idênticos, que suas despesas operacionais aumentaram “devido às recentes mudanças nas regras e tarifas do comércio global”.
Ambas alegaram que estariam fazendo “ajustes de preços” a partir de 25 de abril, embora nenhuma tenha fornecido detalhes sobre o tamanho dos aumentos.
Não ficou claro por que as duas rivais publicaram declarações quase idênticas em seus sites de compras.
China anuncia aumento das tarifas para 125%
A China aumentou as tarifas de importação de produtos que chegam dos Estados Unidos de 84% para 125%, em retaliação às últimas medidas impostas pelo governo de Donald Trump. A informação foi divulgada pelo Ministério das Finanças do País, de acordo com a agência de notícias Reuters.
Antes deste anúncio, em resposta a outras medidas de retaliação que já vinham sendo anunciadas pela China, o governo dos EUA elevou a tarifa sobre produtos chineses para 125%, substituindo a taxa anterior de 84%, conforme comunicado divulgado pela Casa Branca. Como essa tarifa se soma aos 20% já vigentes antes das tarifas recíprocas, a carga tributária total norte-americana sobre importações da China chegou a 145%.
Com informações de Associated Press.
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