O Walmart teve lucro líquido de US$ 1,67 bilhão em seu primeiro trimestre fiscal (encerrado em 30 de abril), valor 18,5% menor do que o ganho de US$ 2,05 bilhões apurado em igual período do ano passado, segundo balanço publicado nesta quinta-feira, 18. Na mesma comparação, o lucro por ação da gigante varejista norte-americana caiu de US$ 0,74 para US$ 0,62. No entanto, o ganho por ação com ajustes, de US$ 1,47, superou as expectativas de analistas consultados pela FactSet, de US$ 1,32.
Já a receita do Walmart teve expansão anual de 7,6% no trimestre, a US$ 152,3 bilhões, também acima do consenso da FactSet, de US$ 148,94 bilhões.
Para o ano fiscal de 2024, o varejista elevou sua projeção de lucro ajustado por ação para US$ 6,10 a US$ 6,20, ante uma faixa anterior de US$ 5,90 a US$ 6,05. Às 8h23 (de Brasília), a ação do Walmart subia 1,5% nos negócios do pré-mercado em Nova York.
Fechamento de lojas
O Walmart anunciou em abril que fechará quatro lojas em Chicago, nos Estados Unidos, após encerrar operações de três outras unidades neste ano em áreas urbanas do país – uma em Washington e duas em Portland.
“Coletivamente, nossas lojas de Chicago não vem sendo lucrativas desde que abrimos a primeira, quase 17 anos atrás”, disse a Walmart. “Essas lojas perdem dezenas de milhões de dólares por ano, e suas perdas anuais quase dobraram só nos últimos 5 anos.”
O Walmart espera que o fechamento dessas lojas ajude a manter as quatro unidades restantes em Chicago funcionando no longo prazo.
Um porta-voz contou que não há uma única causa para as perdas e que roubo não era um fator relevante.
Momento ‘único’ do varejo
Em janeiro, durante a NRF Retail’s Big Show, em Nova York (EUA), o presidente e CEO do Walmart nos Estados Unidos e presidente do conselho da NRF, John Furner, comentou que o varejo vive um “momento único” em que precisa atender aos clientes à medida que os desejos e necessidades continuam mudando. “Esta indústria é forte. Se todos continuarmos abertos à mudança, podemos conseguir muito mais.”
Ele destacou os desafios enfrentados pelo varejo nos últimos anos, como a crise de desabastecimento, a alta da inflação e o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Ressaltou que os varejistas superaram esses desafios e se prepararam para o que está por vir. “O mais importante é que conseguimos mudar. O varejo registra crescimento positivo há 30 meses e é um dos maiores empregadores dos EUA.”
Com informações de Estadão Conteúdo.
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