As vantagens do autoatendimento refletidas em resultados tangíveis

As vantagens do autoatendimento refletidas em resultados tangíveis

Cada vez mais as máquinas de autoatendimento têm se tornado comuns no mundo, inclusive aqui no Brasil. Nos estabelecimentos comerciais e gastronômicos, por exemplo, as vantagens com as instalações são diversas. Mas duas delas chamam atenção, não por saírem do óbvio, mas por entregarem, de fato, o que proprietários e clientes esperam: atendimento humanizado e menos tempo de espera para pagar pelas compras – sejam elas quais forem.

Para entender melhor esse cenário, podemos olhar para os equipamentos de self check-in e self checkout. E, antes de entrarmos em dados e números, vale destacar aqui a funcionalidade de cada um. Você já deve ter ido a supermercados que disponibilizam caixas de autoatendimento, nos quais é possível entrar em um espaço com as compras e passar os produtos diretamente no leitor de código de barras, escolhendo a melhor forma de pagamento e acomodação dos itens, sem precisar do auxílio de um profissional para fechar a conta. Essa situação contempla uma experiência de self checkout.

Também acredito que você já deve ter ido a algum restaurante com um totem logo na entrada do espaço ou um tablet sobre a mesa. Ambos disponibilizam, de forma intuitiva, o cardápio, as possibilidades de pratos e, também, as formas de pagamento. Se estiver sentado à mesa, o garçom pode prestar auxílio, com maior tempo, sobre a carta de vinhos e harmonização. Se estiver em um fast-food, a retirada do pedido é agilizada no balcão. Neste caso, estamos falando sobre a experiência de self check-in.

Em qualquer um dos formatos, há ganho e geração de valor para o estabelecimento e, especialmente, para o cliente. Para o estabelecimento, quando há a contratação dessa tecnologia com todos os serviços inclusos, desde a instalação e manutenção das máquinas, até o desenvolvimento do layout para acomodá-las no espaço estratégico para os clientes e os próprios colaboradores. Para o cliente, tocamos nas vantagens já mencionadas, como redução do tempo de espera e filas, atendimento humanizado e, também, autonomia na gestão da compra.

O criador do autoatendimento, Clarence Saunders, em 1916, revolucionou o mercado com uma ideia que transformou a experiência dos clientes em Memphis, no Tennessee (EUA), ao inaugurar a primeira loja com o sistema de self checkout já de olho em cada uma dessas vantagens. Não à toa o anúncio do estabelecimento de Saunders procurava atrair os consumidores oferecendo a eles uma oportunidade de realizar suas compras sem pressa e sem fila.

O formato agradou para além do território norte-americano e, ao longo das décadas, foi tornando o autoatendimento uma realidade em diferentes países, com diferentes culturas, e presente nos mais variados tipos de negócios, alcançando lojas, hotéis, pousadas, companhias aéreas, lanchonetes, restaurantes e até pubs.

Pesquisas atuais reforçam esse cenário. De acordo com um levantamento do Instituto de Comercialização de Alimentos, nos Estados Unidos, 40% dos consumidores já consideram “importante” ou “muito importante” a existência de self checkouts em um supermercado. Já aqui no Brasil, esse número sobe e se expande para outros setores: um estudo apresentado este ano pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) sobre o setor supermercadista aponta que 49% dos entrevistados já utilizaram o serviço de self checkout e que, para 85%, a principal razão para o uso deste tipo de serviço é a agilidade e a rapidez do processo de conclusão da compra.

Uma outra pesquisa recente, realizada pela Croma Marketing Solution, que buscou tendências sobre o impacto da tecnologia no mercado varejista e nas experiências de compras dos brasileiros, em diferentes segmentos, canais e formatos de pontos de venda, revela que mais de 60% dos brasileiros pretendiam realizar suas compras por meio de autoatendimento até o final deste ano.

Ainda de acordo com esse estudo, cerca de 3 mil entrevistados, de ambos os sexos, entre 16 e 60 anos, das classes A, B e C, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Manaus, Recife e Porto Alegre, disseram que o atendimento por conta própria é a principal tendência.

Na esteira dessa tendência vem a oportunidade de inovação e ganhos tangíveis como resultados da experiência proporcionada aos públicos interno e externo. Afinal, os consumidores estão cada vez mais exigentes e cada dia mais buscando por rapidez e imediatismo. Por isso, nada melhor do que oferecer a eles a opção de fazer os pagamentos de forma praticamente instantânea no autoatendimento, pois otimizar o tempo de espera em filas também é prezar por uma experiência de qualidade, que esteja adequada à velocidade da evolução do consumo phygital (que contempla a integração entre o mundo físico e o digital).

Mayr Camazano é superintendente da Serviços Integrados da TecBan.
Imagem: Shutterstock

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