Os sites de aposta que não solicitaram autorização para operar no Brasil serão retirados do ar a partir de outubro. Só vão continuar a operar as bets que já estão funcionando e que pediram autorização para o Ministério da Fazenda dentro do prazo determinado. As empresas que estiverem fora dessa condição serão consideradas ilegais até que sejam autorizadas pela pasta.
As bets que não atenderem aos requisitos para continuar no ar terão que deixar os sites disponíveis até 10 de outubro para que os apostadores possam sacar os valores depositados. Depois dessa data, páginas e aplicativos considerados irregulares terão o funcionamento suspenso.
Pelo menos 115 empresas de apostas esportivas pediram autorização de funcionamento. O prazo para conclusão da análise dos primeiros pedidos recebidos é até dezembro deste ano. A partir de janeiro de 2025, o mercado de apostas de quota fixa começará a ser regulado por regras brasileiras. Todas as empresas que quiserem operar no Brasil precisam atuar dentro da legalidade.
Varejo contra as bets
As empresas de apostas esportivas têm causado preocupação entre empresários do varejo brasileiro. Embora ainda não haja um número preciso do quanto o crescimento desses jogos afeta o consumo de alimentos e outros itens vendidos pelo comércio, entidades do setor se movimentam para buscar restrições a essa prática no Congresso Nacional, em Brasília, e apoio no Executivo sobre o tema.
O Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV) empenha esforços para a obtenção de dados e amplia o diálogo com setores produtivos da economia. O que as pesquisas indicam sobre o tema até agora é o crescimento das apostas dos brasileiros sobre o orçamento familiar e estimam impactos sobre o consumo, ainda sem dados conclusivos.
Um estudo do Instituto Locomotiva indica que nas classes C, D e E, parte do dinheiro que costumava ser direcionado para poupança (segundo 52% dos respondentes) ou bares, restaurantes e delivery (para 48% dos respondentes) são agora usados para as apostas. Compras de roupas e acessórios (de acordo com 43% dos respondentes) e cinemas, teatros e shows (para 41% dos respondentes) também perderam recursos para as apostas.
Com informações de Agência Brasil (Repórter Brasil)
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