As preocupações com a variante delta da covid-19 empurraram os gastos do consumidor para mercadorias, em vez de serviços como jantar, entretenimento ou viagens, e as vendas no varejo nos Estados Unidos aumentaram novamente em setembro. As vendas varejistas no país registraram alta de 0,7% no mês de setembro, em comparação com o mês anterior, informou o Departamento do Comércio dos Estados Unidos. O resultado foi animador, já que analistas esperavam uma queda de 0,2% no indicador. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o comércio varejista americano registrou alta de 13,9%.
“Apesar dos desafios persistentes relacionados à pandemia global, cadeia de suprimentos e escassez de mão de obra, os varejistas e seus parceiros mostraram resiliência e engenhosidade em colocar a força de trabalho, bens e sistemas em funcionamento para atender seus clientes e as comunidades onde operam”, afirma Matthew Shay, presidente e CEO da NRF (National Retail Federation), federação que representa o varejo nos Estados Unidos.
Segundo entidade, as importações neste ano foram recordes para suprir a demanda do consumidor. O economista-chefe da NRF, Jack Kleinhenz, destaca que a reabertura da economia foi interrompida pela covid-19, mas que os consumidores permanecem ativos. “As vendas no varejo não refletiram tanto a mudança de bens para serviços quanto o esperado. Isso foi uma vantagem para o varejo, porque os consumidores ainda têm uma hiper capacidade de gastar graças aos ganhos salariais e de emprego e às economias familiares acumuladas durante a pandemia”, diz.
Inflação preocupa
Para Kleinhenz, o aumento da inflação e as cadeias de abastecimento mais lentas continuam a ser uma preocupação. O cálculo da NRF de vendas no varejo – que exclui concessionárias de automóveis, postos de gasolina e restaurantes para se concentrar no varejo básico – também mostrou que setembro subiu 0,7% em relação a agosto e 11% em relação ao mesmo período do ano passado.
A expectativa da NRF para os primeiros nove meses do ano era de que as aumentassem 14,5%, em relação ao mesmo período em 2020, e que fechem 2021 com crescimento entre 10,5% e 13,5%.
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