O Bradesco passará a permitir que os clientes pessoas jurídicas transformem seus celulares em maquininhas para receber pagamentos com cartão de crédito e débito. O Tap Bradesco é uma parceria entre o banco e a Cielo, credenciadora que o conglomerado controla junto com o Banco do Brasil, e permitirá a aceitação de pagamentos feitos com cartões que tenham a tecnologia NFC (aproximação).
O produto está disponível no aplicativo Net Empresa, e segundo o Bradesco, dá ainda mais segurança às transações. Os custos, segundo o banco, serão competitivos, com taxas reduzidas em casos de antecipação automática de recebíveis. Até dezembro, haverá isenção de taxa nas operações com Pix.
“Nosso objetivo é oferecer uma solução com foco na eficiência e na simplicidade, permitindo que nossos clientes do segmento PJ possam realizar suas transações comerciais de forma rápida, segura, com custos competitivos, sem necessidade de maquininha e contando com a solidez do Bradesco”, diz em nota o diretor do Bradesco Empresas e Negócios, Carlos Leibowicz.
“Agora nos juntamos ao banco em mais uma novidade para oferecer uma alternativa completamente digital e segura para empreendedores, com uma jornada muito simples de uso, alta segurança e tecnologia”, afirma o presidente da Cielo, Estanislau Bassols.
O BB recentemente lançou um produto parecido, também em parceria com a Cielo. Os dois bancos fecharam o capital da companhia em agosto deste ano, em busca de maior agilidade e flexibilidade para desenvolver produtos e ofertas integradas.
Para transformar o celular em maquininha, o empreendedor tem de usar sistema operacional Android na versão 10 ou superior. São aceitas as bandeiras Visa, Mastercard e Elo, e o comprovante digital pode ser enviado via celular ou e-mail.
Banco do Brasil lança Pix por aproximação em maquininhas da Cielo
O Banco do Brasil iniciou a operação do Pix por aproximação com um grupo de correntistas. Os pagamentos poderão ser feitos em maquininhas da Cielo, credenciadora controlada pelo banco e pelo Bradesco, e inicialmente, estarão disponíveis em estabelecimentos comerciais selecionados em Brasília e em São Paulo.
O Pix por aproximação será obrigatório para o mercado a partir de fevereiro de 2025, mas assim como o BB, outras instituições têm se antecipado através de produtos com aceitação restrita a algumas maquininhas. O Itaú Unibanco anunciou que entrará no Pix por aproximação junto com a Rede, credenciadora que controla, e o Google Pay fechou um acordo com C6 Bank e PicPay.
Com o sistema, o cliente poderá pagar por Pix sem ter de ler um QR Code ou digitar a chave do estabelecimento. No caso do BB, abrirá o aplicativo, clicará em “Pix por aproximação” e digitará a senha do aplicativo. O banco público afirma que o pagamento será finalizado em poucos segundos, aproximando o celular da maquininha da Cielo, assim como acontece nos pagamentos com cartões físicos e carteiras digitais.
Nos pagamentos com valor acima de R$ 200, o cliente precisa apenas digitar a senha de transações, a mesma utilizada no Pix tradicional. O BB afirma que o pagamento tem uma série de camadas de proteção e mecanismos antifraude. Segundo o banco, o piloto vai até novembro, quando prevê que todos os clientes pessoas físicas terão acesso ao produto. A aceitação por todas as maquininhas da Cielo acontecerá até dezembro.
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