A operação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira, 18, para apurar crimes ligados à gestão do Banco Master também resultou no afastamento do presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa. A ordem, proferida pela Justiça Federal de Brasília, autorizou ainda o cumprimento de mandado de busca e apreensão contra o dirigente do banco estatal. Os investigadores chegaram a solicitar a prisão de Paulo Henrique, mas o pedido foi negado pelo Judiciário.
Em nota enviada, o BRB informou que nenhuma prisão foi realizada na manhã desta terça-feira envolvendo funcionários da instituição. O banco ressaltou que a decisão judicial determina exclusivamente o afastamento temporário do presidente e do diretor financeiro, pelo prazo de 60 dias.
A PF apura suspeitas de crimes na operação de venda do banco Master para o BRB. De acordo com investigadores, o Master criou carteiras de crédito falsas e as vendeu para o banco público, sem garantias para o negócio. A defesa de Paulo Henrique ainda não foi localizada para se manifestar. Funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal, ele foi indicado para a Presidência do BRB no início do governo de Ibaneis Rocha (MDB) e com o aval do Centrão.
A PF defalgrou operação sobre o caso do Banco Master nesta terça-feira, 18. O dono do banco, Daniel Vorcaro, foi detido quando tentava fugir ainda na noite de segunda. O Banco Central também decretou a liquidação extrajudicial do Master, menos de um dia depois de o Grupo Fictor ter indicado o interesse em comprar a instituição.
Afastamentos não afetam serviços
Na nota, o BRB reforçou que sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando regularmente informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central do Brasil sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master. “A Instituição reafirma seu compromisso com a ética, a responsabilidade e a integridade na condução de suas atividades”, enfatizou.
O Banco informou também que segue operando normalmente, garantindo a continuidade integral dos serviços e preservando a segurança das operações, dos clientes, dos parceiros e de toda a sua estrutura operacional.
O BRB estava em processo de compra de parte do Banco Master, operação que foi rejeitada pelo Banco Central. Ontem, o dono do Master, Daniel Vorcaro, informou que um outro negócio seria feito para salvar a instituição, com o Grupo Ficto e investidores árabes. Vorcaro foi preso pela Polícia Federal ao tentar fugir do País na noite de ontem.
Com informação do Estadão de Conteúdo (Aguirre Talento).
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