A avaliação do governo federal é de que os conjuntos habitacionais com limite de 750 moradias se mostraram os melhores exemplos desde o lançamento do Minha Casa Minha Vida (MCMV), em 2009. A análise observa questões como a segurança dentro dos empreendimentos, o que teria norteado mudanças das regras no relançamento do MCMV neste ano. As afirmações foram feitas pelo ministro das Cidades, Jader Filho, na manhã desta quarta-feira, 19.
“Condomínios menores foram os que deram mais certo. Cria-se o sentimento de pertencimento. É diferente de conjuntos com 5 mil unidades, como já tivemos ao longo dos últimos anos”, avaliou o ministro das Cidades, Jader Filho, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da TV Brasil.
Ao responder sobre o desafio da segurança dentro dos conjuntos, Jader Filho apontou que o limite de 750 unidades habitacionais por conjunto é uma saída desde a contratação dos projetos. “Em conjuntos muito grandes, em vez de solução, cria-se um novo problema. Você coloca pessoas que moravam em diversas localidades para viverem entre si do dia para a noite”, observou.
Além do limite de unidades, Jader Filho lembrou que as 750 moradias precisam estar divididas em blocos em um raio de 1 km. “Isso possibilita o sentimento de pertencimento e um melhor cuidado dos espaços”, defendeu. A questão da segurança, segundo o ministro, também deve ser enfrentada a partir da regra que estabelece que os empreendimentos devem estar localizados nos centros urbanos.
Entrada zerada
O ministro das Cidades, Jader Filho que espera conseguir zerar o valor de entrada do Minha Casa Minha Vida (MCMV) a partir de parceria com gestões estaduais e municipais. Ele disse que a possibilidade está em diálogo e pode se concretizar com a soma de subsídios federais e locais.
Para Jader Filho, a isenção da entrada é um dos pontos que deve ampliar o acesso ao MCMV. “Essas famílias normalmente já têm valor das parcelas, porque pagam aluguel, mas não têm a entrada”, observa.
Para alcançar esse objetivo, Jader Filho diz que o governo está dialogando com as gestões estaduais e municipais desde o período de transição da gestão federal, no fim do ano passado. “Isso buscou soluções efetivas para o programa”, diz o ministro sobre a retomada do pacto federativo.
Com informações de Estadão Conteúdo (Luiz Araújo)
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