Redes como D’Avó, de São Paulo, e Super Lagoa, no Nordeste, já oferecem aos clientes a opção de eles sacarem dinheiro diretamente no caixa. A facilidade é oferecida por meio do serviço Saque no Varejo, desenvolvido pela Hub Fintech.
A opção é dada a cerca de 3 milhões de usuários das contas digitais criadas pela empresa para as redes parceiras. Para elas, a vantagem é dar vazão aos pagamentos recebidos em dinheiro, reduzindo o risco de assaltos e a demanda com aluguel de carros fortes para o transporte dessas quantias.
Esse tipo de serviço tende a se tornar tendência no mercado. “O varejo tem um grande problema, que é o fato de que o manuseio do dinheiro gera custo, além de torná-lo alvo de roubos”, avalia o CEO da Hub Fintech, Alexandre Brito.
A empresa quer se consolidar como referência no modelo white label banking e afirma ter condições de construir bancos digitais num prazo curto, de cerca de 15 dias – que já incluem a implantação da infraestrutura tecnológica e o arcabouço regulatório necessários.
Emissor de moeda eletrônica
Só nos últimos meses, a Hub Fintech construiu 19 bancos digitais. Recentemente, a empresa, que faz parte do Grupo Sforza, do empresário Carlos Wizard, recebeu autorização do Banco Central para funcionar como instituição de pagamento nas modalidades emissor de moeda eletrônica e credenciador.
Segundo Alexandre Brito, a empresa tem como diferencial o fato de oferecer um leque de serviços que incluem recarga de celular, pagamento de contas, e TED bancário saque em lotéricas e ATMs 24 horas. A empresa, segundo ele, também está preparada para ajudar seus parceiros a aderirem ao Pix. Para o CEO da Hub Fintech, a plataforma de pagamentos instantâneos criada pelo BC será adotada em “ondas” no Brasil.
“Acredito que haverá uma adoção grande, no início, para substituição de TED, DOC e pagamento de contas. Na segunda onda, o Pix deve substituir o cartão de débito; a terceira, que não tenho certeza de teremos, será a substituição do cartão crédito”, analisa.
Alexandre Brito também não acredita que o Brasil chegará a ter um cenário de pagamentos parecido com o da China, em que o uso de QR Codes e aplicativos é comum no dia a dia. Isso porque o país asiático tem características únicas, como a concentração de mercado em basicamente duas grandes empresas e quatro grandes bancos.
“O Brasil tem uma certa concentração bancária, mas está bem longe da situação da China. Aqui, os bancos são bons e a indústria é referência no mundo”, analisa.
Imagem: Divulgação