O Instituto C&A – pilar social da C&A no Brasil – chama atenção para um futuro da moda mais justo, diverso, sustentável e regenerativo por meio de projeções em grandes cidades do País, incluindo São Paulo. A projeção será realizada na sexta (19) na Rua da Consolação, das 19h às 20h.
A ação é parte da programação do Fashion Futures, premiação que distribuirá cerca de R$ 180 mil para projetos de destaque em cinco categorias: Inovação e Tecnologia, Design Sustentável, Negócios de Impacto social, Projetos Sociais, além da escolha da Personalidade da moda sustentável.
As inscrições e votação para o Fashion Futures acontecem até 24 de novembro e os vencedores receberão, além do prêmio em dinheiro, apoio para o desenvolvimento do negócio. A premiação celebra os 30 anos do Instituto C&A e reforça seu papel ao atuar no fortalecimento de comunidades por meio da moda, no voluntariado corporativo e no fomento ao empreendedorismo dos grupos sociais que lutam para afirmar seus direitos (populações periféricas, LGBTQIA+, mulheres negras, migrantes e refugiados, entre outros).
A instituição também realiza ajudas humanitárias em situações de calamidade pública e crises emergenciais. Seu principal objetivo é promover impacto social em comunidades no entorno das lojas, centros de distribuições e escritório central em todo território brasileiro.
“Fashion Futures tem como foco estruturar uma plataforma para reconhecer, dar visibilidade e investir em quem tem feito um notável trabalho no campo socioambiental sob a perspectiva da moda do amanhã. Toda a busca do Instituto C&A em torno dessa nova moda quer romper os atuais limites, os desafios no espaço e tempo e traz como síntese uma questão-chave: o que você quer vestir no futuro?”, diz Gustavo Narciso, gerente executivo do Instituto C&A.
Categorias da premiação
Em Inovação e Tecnologia, o objetivo do Instituto C&A é valorizar pesquisadores, produtores e iniciativas que têm pensado em soluções sustentáveis – como novas matérias primas, redução de consumo de água e processos de descartes – para a indústria da moda, ao entender que a cadeia ainda gera impactos socioambientais. A premiação é de R$ 50 mil e o vencedor contará o apoio para plano de negócio de escalonamento da iniciativa.
No Design Sustentável, há uma compreensão de que existem poucas marcas no mainstream reconhecidas por vestir diferentes estilos de pessoas e que se utilizam de matérias primas e práticas sustentáveis. A direção do Instituto sabe que o design é o elemento central para a criação do desejo e uma forma de
atingir a massa crítica de consumo. O foco do projeto do Instituto C&A é identificar e reconhecer quem consegue transpor este desafio. O público-alvo são os designers que constroem produtos com qualidade e informação de moda a partir de matérias primas sustentáveis. O prêmio é de R$ 30 mil e o vencedor também contará com apoio para desenho de desenvolvimento do negócio.
No campo de Negócios com Impacto social, além de reconhecer ações que valorizem o trabalho decente e as práticas sustentáveis, o que se almeja é impulsionar essas inciativas com capital semente. O que qualifica esta categoria é o compromisso socioambiental. O propósito é atrair empreendedores com
impacto socioambiental e negócios sociais. O prêmio é de R$ 30 e o vencedor também contará com apoio para desenho de desenvolvimento do negócio.
Nos Projetos Sociais, o que o Instituto C&A busca é apoiar modelagens que trabalhem com grupos sociais e utilizem-se de novas narrativas. E, por isso, é importante identificar quais são os projetos que estão mobilizando essas comunidades e precisam de apoio no Brasil. A intenção é despertar o interesse de organizações sociais, movimentos e articulações da sociedade civil. O prêmio é de R$ 50 mil mais investimento e apoio no desenvolvimento de projetos de captação de recursos.
Sobre a Personalidade da moda sustentável, o Instituto C&A sabe que a inspiração é um dos primeiros passos para mudar atitudes. Por esta razão, quer reconhecer as personalidades que têm se destacado dentro do ecossistema da moda sustentável no período. Estão no radar os empreendedores, líderes de
movimento, influenciadores, jornalistas e empresários.
Diferentemente das demais categorias, em que os interessados poderão se inscrever, foi a banca de avaliação que fez as indicações. Com isso, foram selecionados cinco finalistas: Carol Barreto, moda ativista que acredita na educação de moda como catalisadora de questões sociais e raciais; Lucas Leão, dono da primeira marca brasileira a comercializar roupas digitais; Nelsa Nespolo, idealizadora da Justa Trama, marca e rede desde o plantio até a produção de roupas de algodão orgânico; Rafaela Pinah, gestora e diretora criativa da Coolhunter Favela, um laboratório que busca localizar e decodificar tendências e movimentos populares brasileiros; e Zaya, uma das fundadoras do Coletivo Indígenas Moda BR. O premiado levará R$ 20 mil, além de investimento e treinamento por meio de um programa de desenvolvimento de liderança
Cada categoria contará com três finalistas. Apenas a categoria Personalidade da moda sustentável não permite inscrição, já que os participantes foram indicados pela banca de avaliação do Fashion Futures e estão passíveis de votação
Banca de avaliação
O Fashion Futures conta com uma banca de avaliação formada por um time renomado que atua no universo da moda: Michele Simões, do Meu Corpo é Real; Lucilene Dacinguer, da Colabora; Fernanda Simon, da Fashion Revolution; João Souza, diretor Comercial e de Produtos do Feminino da C&A; Isaac Silva, da Isaac Silva Brand; Day Molina, da Nalimo; Patrícia Sant’Anna, da Tendere; Adriana Barbosa, da Feira Preta; Marcelo Banfi, professor e stylist Hanayrá Negreiros, da Revista ELLE.
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