É o que indicam as estimativas dos empresários, que apostam no aumento da atividade, na contratação de novos empreendimentos e serviços e no fim das demissões no setor
As informações são da Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta terça-feira, 19 de dezembro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com a pesquisa, todos os indicadores de expectativas ficaram acima dos 50 pontos em dezembro, mostrando que os empresários estão otimistas com o desempenho das empresas nos próximos seis meses.
O índice de expectativas em relação ao nível de atividade alcançou 53 pontos, o de novos empreendimentos e serviços ficou em 51,9 pontos e o de compra de insumos e matérias-primas subiu para 50,8 pontos.
Os indicadores de expectativa variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos, mostram que os empresários estão otimistas.
Essa melhora na expectativa é resultado da reativação da economia, da queda dos juros, da inflação baixa e da recuperação do mercado de trabalho. “Além disso, há a expectativa de retomada das concessões, cuja consequência será a contratação de obras de infraestrutura”, afirma a economista Flávia Ferraz.
O Índice de Confiança do Empresário (ICEI) do setor reafirma o otimismo do setor. O indicador subiu para 56,7 pontos, maior valor desde março de 2013, e superior à média histórica de 52,7 pontos.
“Nesse cenário, a intenção de investimento manteve a trajetória de alta e atingiu 33,8 pontos em dezembro, maior valor desde abril de 2015”, diz a pesquisa. Mesmo assim, a intenção de investimento ainda está abaixo da média histórica para dezembro, que é de 36,8 pontos. O indicador de intenção de investimento varia de zero a cem pontos. Quanto maior o indicador, maior é a disposição do empresário para investir.
EMPREGO
Os sinais de melhora começam a se consolidar. O ritmo de queda do emprego na indústria da construção diminuiu em novembro. O índice de evolução do número de empregados no setor subiu de 43,1 pontos em outubro para 44,9 pontos no mês passado e está 8,1 pontos acima do registrado em novembro de 2017. O índice de nível de atividade ficou estável em 46,8 pontos, ainda abaixo da linha divisória dos 50 pontos.
A utilização da capacidade de operação ficou em 59% em novembro. Isso significa que o setor operou com 41% das máquinas, equipamentos e pessoal parados no mês passado. “A ociosidade permanece elevada na indústria da construção, embora tenha mostrado certa melhora nos últimos meses”, diz a pesquisa.
A Sondagem Indústria da Construção de novembro ouviu 578 empresas do setor entre 1º e 13 de dezembro. Das empresas consultadas, 182 são pequenas, 267 são médias e 129 são de grande porte.