Os Correios vão investir cerca de R$ 350 milhões na construção e na modernização de centros operacionais e reforma de agências em diversas regiões do Brasil. A iniciativa, que marca a retomada dos investimentos da estatal em infraestrutura, é um dos projetos estratégicos prioritários anunciados pela diretoria-executiva da empresa em maio deste ano, no balanço de 100 dias de gestão do presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos.
Neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a retirada dos Correios da lista de empresas públicas federais incluídas em programas de privatização. Além dos Correios, a lista inclui, ainda, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
“Estamos cumprindo o compromisso que assumimos com as empregadas, os empregados e clientes dos Correios logo no início da gestão, de retomar os investimentos para garantir a qualidade no ambiente de trabalho e a excelência na prestação de serviços. Essa foi a missão que o presidente Luís Inácio Lula da Silva nos confiou: fortalecer os Correios”, afirmou o presidente da estatal.
Há quase dez anos a empresa não construía, com recursos próprios, um grande centro operacional. O último foi em Cuiabá, no Mato Grosso, em 2014. Além da injeção de recursos nas economias regionais e locais, os projetos de construção e modernização de unidades operacionais dos Correios irão gerar empregos diretos e indiretos, segundo a estatal.
Polo logístico no Nordeste
Em Brasília (DF), os Correios irão construir um complexo operacional para abrigar as operações de tratamento, além de um centro de logística integrada. O investimento no complexo é estimado em cerca de R$ 190 milhões, entre obras e equipamentos.
Com mais de 40 mil m² de área construída, o prédio irá receber uma máquina de triagem de encomendas com capacidade para tratar 300 mil objetos por dia, o que representa um aumento de 700% em relação ao tratamento manual realizado atualmente.
Além da unidade em Brasília, a estatal também está com processos em andamento para as obras dos centros operacionais de Londrina (PR) e de São Luís (MA) e para a construção de um hub internacional no Nordeste.
A partir de estudos técnicos, os Correios definiram que o centro internacional será construído em Natal (RN). O Nordeste hoje recebe cerca de 23% das encomendas internacionais que os Correios entregam no Brasil. “Ao levarmos o centro para o Nordeste estamos gerando milhares de empregos na região. Não estamos levando apenas infraestrutura, mas consolidando a vocação local de se tornar um polo logístico, o que desperta o interesse de outras empresas também”, disse o presidente da estatal.
6 mil agências reformadas
Também já foram licitadas as obras para reforma, ainda neste ano, de mais de 400 agências dos Correios em diversos Estados brasileiros. O planejamento da estatal prevê que todas as mais de 6 mil agências da rede própria sejam reformadas nos próximos três anos.
Em alinhamento ao compromisso do Governo Federal e de empresas em todo mundo para a adoção de iniciativas pautadas na agenda ASG (Ambiental, Social e Governança), os Correios entregarão à sociedade um prédio acessível e sustentável, com painéis fotovoltaicos que geram energia elétrica por meio da captação da luz solar, e sistema de ar-condicionado inteligente, permitindo reduzir as despesas relativas à conta de energia elétrica e contribuindo com a sustentabilidade ambiental.
A construção ainda será realizada com materiais que otimizam o aproveitamento da luz natural e isolam a temperatura do ambiente, reduzindo a necessidade do uso de ar condicionado e luzes artificiais. A estimativa é que esses sistemas proporcionem uma economia de R$ 1,5 milhão por ano na conta de energia elétrica do complexo. Segundo a direção dos Correios, todas as futuras obras da estatal seguirão diretrizes de sustentabilidade e acessibilidade.
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