O Ministério do Comércio da China criticou a revisão de tarifas sugeridas pela União Europeia (UE) para veículos elétricos produzidos no país e exportados para o bloco. Segundo porta-voz do ministério, a medida baseou-se apenas em fatos determinados unilateralmente pela parte europeia, desconsiderando os reconhecidos por ambos os lados, e ainda impõe tarifas elevadas, distorcendo resultados da investigação para discriminar diferentes tipos de empresas chinesas.
“A China opõe-se firmemente a isto e está altamente preocupada”, disse o representante do Ministério do Comércio, em declaração realizada nesta terça-feira. O órgão chinês reiterou que a investigação antissubsídios europeia viola os princípios de “objetividade, justiça, não discriminação e transparência”, e que está fora de conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
No início do mês, o governo chinês entrou com recurso na OMC para contestar a adoção de tarifas adicionais provisórias. Em julho, a Comissão Europeia impôs tarifas adicionais de até 37,6% a fabricantes de veículos elétricos da China, após investigação concluir que subsídios concedidos pelo governo chinês prejudicam montadoras da UE de forma injusta.
O porta-voz da segunda maior potência mundial fez um alerta para que a UE encontre um acordo com a China e “acelere as discussões sobre soluções adequadas”, para que sejam evitados atritos comerciais. “A China tomará todas as medidas necessárias para defender resolutamente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”, afirmou.
Com informações de Estadão Conteúdo (Isabella Pugliese Vellani)
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