A Kroger, empresa de varejo americana que opera supermercado e lojas de departamento, anunciou a compra da rede de farmácias Albertsons. O negócio está avaliado em U$ 24,6 bilhões e, com isso, cria um player imenso para o setor farmacêutico.
A movimentação, além de surpreender o setor supermercadista, torna o grupo no terceiro maior em números de farmácias nos EUA. Agora, a nova companhia passa a ter 2.973 pontos de venda farmacêuticos. Separadamente eram 705 unidades da Albertsons e 2.268 lojas Kroger, que passam agora a ter anexada a operação da farmácia.
Ao analisar o atual faturamento, a junção das empresas forma uma companhia com aproximadamente U$ 20,6 bilhões em vendas de medicamento com prescrição, o equivalente a 4.1% de market share. Com a movimentação, a Kroger se aproxima do Walmart, que hoje tem venda próximas aos U$ 22,7 bilhões e participação de 4,5% no mercado.
Apesar do embate entre as duas empresas supermercadistas, os dados mostram que ambas estão muito longe dos dois principais players. O grande desafio será alcançar CVS e Walgreens, que tem receitas de U$ 122,6 bi e U$ 90,3 bilhões, respectivamente.
Aprovação
O processo de aquisição da Albertsons pela Kroger prevê o pagamento de U$ 34,10 por ação. A empresa supermercadista assumirá cerca de U$ 4,7 bilhões da dívida líquida da companhia farmacêutica. A Albertsons ainda segue no procedimento de repasse aos seus acionistas dividendos de U$ 4 bilhões.
Apear da definição dos próximos passos, ainda é necessário que a aquisição seja avaliada pelos órgãos antitruste dos Estados Unidos. A aprovação do negócio pode exigir, eventualmente, a venda de algumas lojas que ocupam a mesma região, segundo informações do Wall Street Journal.
No fim do ano passado, a Kroger já dava indícios do interesse em investir no mercado farmacêutico. Ainda em 2021, a empresa confirmou que o plano era contratar 20 mil funcionários com foco em farmácias.
Boa parte dessas vagas já foram ocupadas, incluindo farmacêuticos e técnicos de farmácia, além de gerentes de atendimento, marketing e engenheiros de software. Segundo cálculos, o investimento contempla U$ 800 milhões nas contratações e U$ 350 milhões extras em aumento salarial.
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