A rede de fast food Taco Bell planeja crescer por meio de franquias. Atualmente, a empresa possui 27 restaurantes e irá abrir mais cinco unidades próprias. O plano, no entanto, é atingir 200 lojas até 2027 por meio do franchising.
Em outubro do ano passado, a rede fechou o primeiro contrato para a abertura de franquias com três subfranqueados para quatro restaurantes. A intenção da empresa é chegar a 40 franquias ainda em 2019, com foco em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas mirando também em outros estados, como o Paraná, para os próximos anos.
A empresa irá investir também em novos pratos, burritos nacionais, delivery e autoatendimento. Todos os novos projetos serão liderados por Daniela Heldt, nova presidente da rede. A executiva tem experiência em expansão por meio de franquias, foi diretora de operações das redes de drogarias Farmais e das lojas de alimentos saudáveis Mundo Verde, que também pertencem ao grupo Sforza. “Nosso plano é agressivo, é difícil, mas é possível”, disse. Ela realizou um treinamento na Califórnia, onde o Taco Bell nasceu e chegou a trabalhar por dois dias em um restaurante da marca.
O Taco Bell é uma das quatro marcas de alimentação do Grupo Sforza, do empresário Carlos Wizard Martins e seus filhos Lincoln Martins e Charles Martins. A empresa possui as operação das marcas KFC e Pizza Hut no Brasil desde janeiro de 2018, além do Mundo Verde. Daniela trabalha no grupo há dois anos e há quatro meses está à frente do Taco Bell.
Um dos desejos da marca é atrair novos públicos. Hoje, seus principais clientes são os adolescentes, que consomem os produtos principalmente no lanche da tarde. A companhia realiza eventos e camisetas para este público, os chamados Taco Lovers.
Agora, para diversificar seus clientes, ela irá investir no paladar brasileiro. Os principais ingredientes dos tacos e burritos, por exemplo, são arroz, feijão, carne e salada, itens muito comuns na culinária brasileira. Uma das adaptações feitas por aqui foi a substituição dos nachos por batata frita, uma novidade que foi adotada em outros países, como os Estados Unidos.
Outra mudança para o paladar nacional é a entrega à parte dos molhos de pimenta. Em outros países, os pratos são apimentados no preparo. Além disso, foram criadas sobremesas para o Brasil, como o burrito de Kit Kat e a rede pretende criar opções nos sabores queijo com goiabada e paçoca.
A empresa também criou o Power Bowl, que é um prato com feijão preto, arroz, alface, carne e acompanhamentos, os mesmos ingredientes do burrito. A intenção é conquistar o público do almoço, concorrendo com outros restaurantes das praças de alimentação de shoppings.
Mas, para conquistar este público, outras mudanças precisam ser feitas. O atendimento precisa ser rápido. A loja leva cerca de 4 minutos para finalizar o pedido e entregar a comida ao consumidor. A intenção agora é alcançar a meta global de 2,5 minutos em 2020.
A fim de reduzir este tempo, a empresa está investindo em proteínas pré-cozidas para algumas unidades. Antes elas eram preparadas no próprio restaurante. Além disso, estão sendo testadas fritadeiras com limpeza automática, no lugar da lavagem manual.
A fim de reduzir as filas, estão sendo introduzidos no Brasil os totens de autoatendimento. O país é o segundo a recebê-las, depois dos Estados Unidos. Os terminais já operam em cinco restaurantes e deverão ser levados a todas as unidades até o meio deste ano.
Outro investimento a ser realizado pela companhia é a ampliação do delivery, que atende por meio de nove unidades em São Paulo e Rio de Janeiro. Aproximadamente 15% das vendas são realizadas pela internet, em parceria com o iFood e Rappi. No entanto, nem todos os itens do cardápio podem ser entregues, já que pratos crocantes como os tacos absorvem os molhos e ficariam moles até chegarem a seu destino.
*Imagem reprodução