As empresas brasileiras vêm se preocupando cada vez mais em trazer retornos para a sociedade e não apenas lucro para os acionistas. Sendo assim, mais companhias do Brasil entraram no ranking das empresas mais bem avaliadas pelo Sistema B, movimento global que preza pela integração do resultado financeiro à geração de resultado socioambiental.
O Sistema B lançou a lista Best for the World, com as empresas que tiveram as melhores pontuações na Avaliação de Impacto B, metodologia de análise de impacto socioambiental utilizada para certificar as empresas que fazem parte do Sistema B. Aproximadamente mil empresas fazem parte do ranking, das quais 53 desta edição são brasileiras, contra 38 em 2018. Para conseguir classificação, a candidata precisa ter pontuação entre as 10% melhores.
As empresas privadas vêm procurando seguir, cada vez mais, o conceito de negócio socialmente responsável. O Brasil é o país que hoje tem o maior número de companhias em processo de certificação, no mundo, somando 4.400. As que já foram certificadas somam 156, incluindo a Natura, que foi a primeira empresa de capital aberto a entrar na lista em 2014.
“Vemos um fluxo crescente de empresas nacionais buscando a certificação ou utilizando o nosso modelo de avaliação como uma forma de melhorar a gestão”, disse Marcel Fukayama, co-fundador e diretor-executivo do Sistema B no Brasil.
Embora a maioria das empresas brasileiras que buscam certificação sejam pequenas e médias, algumas grandes também estão no processo, como o Magazine Luiza e a Movida, que já mudaram seus estatutos para participar e a Danone, que deverá tentar a aplicação.
O ranking Best for the World é dividido em seis categorias, sendo elas: trabalhadores, comunidade, clientes, governança, meio ambiente e pontuação geral. Há ainda uma categoria especial, as das “changemakers” (agentes de mudança), que geram impactos positivos em seus campos de atuação. Nesta edição, as brasileiras Vox Capital, Recicladora Urbana, Baluarte Cultura, Decah, Geekie, Via Gutenberg e Natura receberam esta classificação.
No mundo, mais de 80 mil empresas são aprovadas no processo. A menor pontuação necessária para conseguir é 80, de 200. Sendo assim, apenas uma a cada dez empresas conseguem a certificação. A avaliação deve ser refeita a cada dois ou três anos, a depender da companhia.
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