Na era da omnicanalidade, as lojas físicas não perdem importância. Pelo contrário: elas assumem outro papel, muito importante num país continental como o Brasil: o de hub logístico. “Depois que as nossas lojas foram reabertas, 50% do que a gente vende no online transita por elas”, diz Roberto Fulcherberguer, diretor-presidente da Via Varejo, dona de marcas como Ponto Frio e Casas Bahia.
Ele participou, neste sábado (3), do painel “Como a tecnologia e o digital transformam o mercado”, na oitava edição do Fórum LIDE do Varejo e Marketing, realizado na zona sul da capital paulista.
Com a chegada do coronavírus ao Brasil, as lojas tiveram de ser fechadas e a empresa foi em busca de novas formas de venda. Uma delas foi o “Me chama no zap”. Parte das vendas passou a ser feita via WhatsApp pelos vendedores de loja. “Criamos mais do que um canal de venda. O mesmo carinho que os vendedores usam nas lojas eles usaram no canal digital”, afirma Fulcherberguer.
Para ele, o sucesso da iniciativa mostra que, mais importante do que a plataforma usada na venda, é o relacionamento com o consumidor. Mesmo agora, depois da reabertura, as vendas online da Via Varejo crescem exponencialmente, segundo o diretor-geral da Via Varejo.
“As lojas físicas não vão perder perder importância. Quando a gente olha para o nosso plano de expansão, pensamos que vão existir lojas que se relacionam com os consumidores, ou seja, que fazem a venda, outras que serão pontos de coleta para itens comprados online e as que vão operar no last mile, como hub logístico”, diz.
O objetivo é servir ao consumidor da forma que ele achar mais cômodo para ele. “Tem consumidor para tudo no Brasil. Somos um país muito diverso. O cliente é que decide o jogo”, afirma o executivo.
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