Os testes para detecção da Covid-19 devem ser mais amplamente usados em viagens internacionais do que em quarentenas, disse o presidente do Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS), Didier Houssin neste sábado (31).
Segundo ele, é importante fornecer novas orientações sobre viagens aéreas internacionais seguras. “O uso dos testes certamente deve ter um lugar muito maior em comparação com a quarentena, por exemplo, o que certamente facilitaria as coisas considerando todos os esforços que têm sido feitos pelas companhias aéreas e pelos aeroportos”, explicou.
Já o especialista em emergência da OMS Mike Ryan disse que viajar agora é “relativamente seguro” e representa um risco “relativamente baixo” para a saúde, mas que “não há risco zero”. “Portanto, é um trade-off (balanço de riscos) que os países têm de fazer: o risco de um viajante chegar e potencialmente iniciar outra cadeia de transmissão, contra o benefício óbvio de permitir a viagem de um ponto de vista social e econômico”, analisou.
De acordo com ele, em breve, a organização terá condições de dar mais conselhos para os países em termos de processo de gestão de risco.
Ryan disse, ainda, que uma equipe internacional de cientistas liderada pela OMS realizou sua primeira reunião virtual com colegas chineses a respeito de investigações conjuntas sobre a origem do novo coronavírus, que surgiu na China em dezembro do ano passado.
Ele alertou que é difícil fazer um trabalho científico sobre a origem do vírus em um ambiente “politicamente intoxicado”. “Somos cientistas. Queremos o melhor resultado científico possível, gerando as melhores evidências possíveis para a origem desta doença”, finalizou.
Com informações da Agência Brasil.
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