A crise causada pela pandemia do Covid-19 não tem impedido os consumidores de planejarem suas compras para a Black Friday deste ano, em 27 de novembro. De acordo com uma pesquisa feita anualmente pelo site Reclame Aqui, 70% dos entrevistados pretendem gastar durante o período especial de descontos em 2020, mesmo percentual do ano anterior. Neste ano, o levantamento foi realizado entre 28 de outubro e 4 de novembro e contou com a participação de 2,5 mil consumidores.
Os resultados apontam que as pessoas não estão planejando gastar pouco. Uma a cada cinco (ou 20,22%) planeja desembolsar entre R$ 1 mil e R$ 2 mil. As que pretendem gastar de R$ 800 a R$ 1 mil são 14,62%; acima de R$ 3 mil, 13,68%; e de R$ 2 mil a R$ 3 mil, 9,77%. Ainda segundo a pesquisa, 13,61% planejam desembolsar de R$ 200 a R$ 400 e os que irão gastar entre R$ 400 a R$ 600 são 11,66%. Outros 8,29% pretendem gastar de R$ 600 a R$ 800 e 8,15%, até R$ 200.
Considerando-se os que pretendem gastar R$ 1 mil ou mais, eles são 44%, ou quase metade do total das pessoas que vão comprar na Black Friday de 2020.
Desconfiança e ‘maquiagem’
Entre os 30% que não vão realizar compras no dia 27 de novembro, 26,12% dizem que o motivo é que os preços são “maquiados’. Outros afirmam não ter dinheiro (18,77%), não necessitar de nada no momento (18,77%) ou não possuir confiança na Black Friday (18,11%).
Outros dados da pesquisa são com relação no local de compra e como pretendem pagar. Mais de 43% devem comprar pelos aplicativos das lojas. Os que preferem comprar direto no site das marcas somam 36,13%; sites de comparação de preço, 32,17%; loja física, 16,09%; e redes sociais, 4,69%.
As formas de pagamento irão variar entre cartão de crédito, com 71,51% das transações. Já o boleto e o cartão de débito são a escolha de 28,76%, o banco digital, de 10,08%, e cartão de crédito pela primeira vez, de 1,68%.
Produtos mais desejados
Roupas e calçados são os itens que ganham mais destaque na pretensão de compras dos consumidores (35,24%). Depois, aparecem eletrodomésticos, como geladeira e micro-ondas (21,56%), smartphones (21,49%) e itens de decoração para casa (20,80%). Essa última categoria é uma novidade nas intenções de compras de 2020.
Televisores (21%), móveis (19%), produtos de beleza (18%), tênis (18%) e eletrônicos, como home theaters e caixas de som (17%), também figuraram na lista.
Este ano foi percebido um crescimento de 14,27 pontos percentuais em relação a 2019 de consumidores que afirmaram que pretendem antecipar as compras de Natal durante a Black Friday, com 64,87% dos respondentes dizendo que terão este comportamento na data que se aproxima. Em 2019, 49,34% disseram que não antecipariam as compras de Natal. Em 2020, este número caiu para 35,13%.
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