O Indicador Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo o Brasil, recuou 0,3% em outubro na comparação mensal dessazonalizada, de acordo com dados apurados pela Boa Vista. Na avaliação acumulada em 12 meses, o indicador apresenta retração de 6,1%. No acumulado do ano, a queda é de 7,9% contra o mesmo período do ano passado. Já em relação ao mesmo mês de 2019, o varejo caiu 8,4%.
Após cinco meses de alta e em linha com as divulgações oficiais do varejo no Brasil, o indicador volta a apresentar resultado negativo em outubro, sugerindo uma desaceleração no ritmo de recuperação observado desde maio com os estímulos e as medidas de combate à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Dadas as adversidades provocadas pela chegada do novo vírus, reduzindo renda e emprego, e pelo fraco desempenho da atividade econômica, espera-se que a tendência de queda na curva de longo prazo do indicador de movimento do comércio seja revertida apenas no ano que vem, com a retomada mais clara da atividade e impulsionada pela chegada já esperada de uma vacina eficaz no combate ao coronavírus.
Móveis e eletrodomésticos em queda
Na análise mensal, o segmento de “Móveis e Eletrodomésticos” apresentou retração de 2,2% em outubro, descontados os efeitos sazonais. Já nos dados sem ajuste sazonal, o segmento intensificou seu ritmo de queda na análise acumulada em 12 meses registrando variação de -17,5%.
A atividade de “Supermercados, Alimentos e Bebidas” registrou variação de -0,8% no mês na série dessazonalizada. Na série sem ajuste, a variação acumulada em 12 meses foi de 0,5% em relação ao ano anterior. Já a categoria de “Tecidos, Vestuários e Calçados” cresceu 2,3% no mês, expurgados os efeitos sazonais. Nos dados acumulados dos últimos 12 meses, houve alta de 5,7%.
O segmento de “Combustíveis e Lubrificantes” apresentou elevação de 1,8% em outubro considerando dados dessazonalizados, enquanto, na série sem ajuste, a variação acumulada foi de –13,7%.
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