O Estado de São Paulo voltou à fase amarela do plano de flexibilização econômica adotado em meio à pandemia da Covid-19. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (30) pelo governador João Doria. Até então, seis regiões do Estado, incluindo a capital paulista, estavam na fase verde, a menos rigorosa do chamado Plano São Paulo. As outras 11 regiões já estavam na fase amarela. A medida vale até 4 de janeiro de 2021.
“É uma medida de prudência que estamos tomando para melhorar o controle da pandemia. Precisamos do apoio da população e de micros, pequenos, médios e grandes empresários. E o contínuo apoio dos verdadeiros heróis que são os profissionais de saúde que, em São Paulo, já ajudaram a salvar milhares de vidas e continuarão a fazê-lo”, disse Doria, durante coletiva de imprensa.
A medida não impede abertura de lojas, shopping centers, bares e restaurantes, mas determina maiores restrições aos horários de funcionamento e à capacidade máxima de ocupação desses locais. Confira, abaixo, algumas mudanças:
- Shopping centers, galerias e lojas
A capacidade máxima de ocupação cai de 60% para 40% e o horário de funcionamento cai de 12 para 10 horas diárias. - Bares e restaurantes
A capacidade máxima de ocupação cai de 60% para 40% e o horário de funcionamento cai para 10 horas diárias. - Academias de ginástica
A capacidade máxima de ocupação cai de 60% para 30% e o horário de funcionamento cai de 12 para 10 horas diárias. - Salões de beleza
A capacidade máxima de ocupação cai de 60% para 40% e o horário de funcionamento cai de 12 para 10 horas diárias.
Com o regresso geral para a terceira das cinco fases do Plano SP, atividades como bares, restaurantes, academias, salões de beleza, shoppings, escritórios, concessionárias e comércios de rua voltam a ter limitações de horário e capacidade de público.
O atendimento presencial em todos os setores fica restrito a dez horas diárias, sequenciais ou fracionadas, e 40% de capacidade. Os estabelecimentos terão que fechar o atendimento local até as 22h. Todos os eventos com público em pé estão proibidos na fase amarela.
Outra medida de prudência decidida pelo Estado é a redução do prazo de análise dos dados da pandemia e capacidade de atendimento hospitalar por região. A medição de médias móveis de casos, mortes e taxas de internação de pacientes com Covid-19 passa a ser considerada em intervalos de sete dias, e não mais a cada quatro semanas.
Aulas não têm mudanças
A decisão não altera a programação de volta às aulas da Secretaria de Estado da Educação. Tampouco há previsão novo fechamento de escolas para aulas presenciais com limitação de alunos por turmas e turnos.
‘Os dados dos últimos dias sustentam a necessidade de políticas mais restritivas, que reduzem aglomeração e circulação de pessoas”, afirmou o Secretário de Saúde Jean Gorinchteyn. “Amarelo quer dizer atenção e respeito às regras sanitárias, evitando aglomerações, festas e encontros que estão levando o vírus a circular mais entre a população”, acrescentou.
Desde o dia 6 de outubro, a Grande São Paulo e as regiões da Baixada Santista, Campinas, Piracicaba, Sorocaba e Taubaté estavam na fase verde, a penúltima prevista pelo Plano SP. No dia 16 de novembro, o governo do Estado decidiu adiar nova reclassificação devido a instabilidades de dados do Ministério da Saúde.
Se tivesse sido mantido, o cronograma anterior deixaria 89% da população do estado na fase verde, com o progresso de outras seis regiões. Com a verificação dos dados atualizados de avanço de casos e internações por Covid-19, o governo de São Paulo optou pela ampliação de medidas de distanciamento social.
O governador reforçou o apelo à população para que toda a população mantenha o engajamento e a mobilização para conter a pandemia. “Até a chegada da vacina e a imunização dos brasileiros, precisamos ter cautela e muita orientação, principalmente aos mais jovens. Por favor, evitem aglomerações, usem máscaras, lavem as mãos e compreendam que a Covid-19 não foi embora”, frisou Doria.
Imagem: Divulgação