O iFood continua tendo o maior share of mind do mercado de delivery de refeição via app no Brasil, sendo o aplicativo preferido por 60% dos usuários desse tipo de serviço. Este é o resultado apurado pelo Instituto QualiBest, que realizou um novo estudo quantitativo online com 1.500 pessoas de todo o País, representando o perfil do internauta brasileiro. O último tinha sido realizado em 2018.
Um dado significativo foi o aumento de 26% nos pedidos de delivery de refeições por meio de algum aplicativo. Subiram em maior escala também pedidos de entrega express ou serviço de motoboy e entrega de gás pelo app.
O iFood continua liderando o awareness (conhecimento) da categoria, tanto espontâneo quanto estimulado, mas UberEats e Rappi cresceram quase 50% nas pesquisa. Quando perguntados sobre qual(is) dos aplicativos (apps) de delivery de refeições e comidas prontas conheciam, mesmo que só de ouvir falar, 46% dos entrevistados citaram o 99Food, que não era conhecido na pesquisa anterior.
No estudo de agora, o iFood segue sendo o mais utilizado, por 75% dos respondentes; Uber Eats é o segundo, citado por 35%; depois aparecem Rappi, com 18%; aplicativos de delivery próprios dos restaurantes, com 13%; 99Food, com 10%; James e Aiqfome e Delivery Much, com 4%; Loggi, Glovo, Cornershop e PedidosJá, com 2%; e Appetite e outros com 1% das respostas.
Segundo Daniela Malouf, diretora-geral do Instituto QualiBest, o estudo mostra que as principais vantagens no uso dos serviços desses aplicativos são a comodidade e a praticidade de poder realizar pedidos em casa, sem a intermediação ou espera por um atendente. “A comodidade em pedir pratos de restaurantes de que se já gosta sem sair de casa ou do trabalho, o processo de compra fácil e rápido, a oferta de uma ampla rede de locais cadastrados e a variedade de pratos são os grandes benefícios”.
Os que declararam não ter nenhum aplicativo de entrega instalado no smartphone caíram 26 pontos porcentuais: foram de 54% em 2018 para 28% em 2020. O iFood também lidera os entrevistados que declararam ter visto ou ouvido recentemente algum comercial de TV da marca, com 83%, sendo que o segundo da lista, UberEats, ficou com 19%.
O perfil do usuário de apps de delivery
O estudo do Instituto QualiBest demonstrou que 53% dos usuários que utilizam aplicativos de entrega de alimentação pertencem às classes A e B, 47% às classes C, D e E e 57% residem no Sudeste. Já o valor do ticket médio de pedido por pessoa registrado foi de R$ 43.
O uso se intensifica nos finais de semana e feriados, quando as pessoas optam por comer algo diferente e que não sabem preparar em casa, e quando estão sem tempo para preparar a própria refeição ou para sair para comer. “Os aplicativos também apresentam outros benefícios percebidos como, por exemplo, a oportunidade de usar cupons de desconto, conhecer novos restaurantes e diminuir os gastos versus a ida a um estabelecimento físico”, afirma Daniela.
Embora o índice de adoção seja grande, os apps de delivery de refeição ainda têm alguns desafios. Um deles é a cobrança da taxa de entrega, que continua desagradando a 41% dos entrevistados. Pedidos errados cresceram na desvantagem com relação a pesquisa anterior. A demora na entrega e os pedidos que chegam danificados foram citados como uma desvantagem por cerca de 20% da amostra.
Entre os internautas que não costumam utilizar aplicativo para encomendar refeições prontas, para 48% a principal justificativa é que não o fazem por falta de hábito.
O levantamento coletou dados de moradores de capitais, representando 37% da amostra, 29% residentes em regiões metropolitana e 34% de localidades consideradas interior dos Estados. A amostra reuniu usuários de todas as classes sociais com 15 anos ou mais.
Imagem: Reprodução