Em reunião plenária realizada na manhã desta segunda-feira (22), as empresas associadas ao Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) manifestaram grande preocupação com a possibilidade iminente de demissões em massa no varejo em todo o País diante do fechamento de lojas em todo o território nacional e da lentidão do governo em reeditar o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego, criado no ano passado por meio da Medida Provisória nº 936 e encerrado em dezembro de 2020.
A MP autorizou a redução da jornada de trabalho e do salário ou a suspensão temporária do contrato de trabalho por meio de acordos individuais em razão da pandemia do novo coronavírus, independentemente da anuência dos sindicatos da categoria.
Segundo o presidente do IDV, Marcelo Silva, “a despeito de todo o empenho da equipe técnica do Ministério da Economia, a Medida Provisória precisa ser publicada com urgência para evitar medidas extremas, como demissões no varejo, agravando ainda mais a crise de empregos no País. Por isso, necessitamos de urgente sensibilidade para a publicação da MP”.
Ainda de acordo com o instituto, a primeira rodada do Programa Emergencial de Preservação de Empregos, editada em 2020, foi uma “medida acertada para a manutenção de postos de trabalho em diversos segmentos da economia”. “O agravamento da pandemia e a adoção de medidas restritivas mais intensas neste ano, inclusive com lockdown em muitas regiões do Brasil, exigem a reedição urgente do programa”, completa o instituto, em nota.
Atualmente, o IDV representa 73 empresas varejistas de diferentes setores, como alimentos, eletrodomésticos, móveis, utilidades domésticas, produtos de higiene e limpeza, cosméticos, material de construção, medicamentos, vestuário e calçados.
Entre as associadas, estão empresas como Avon, B2W, C&A, Carrefour, Cia. Hering, Dafiti, Drogaria DPSP, Gouvêa Ecosystem, Grupo Pão de Açúcar, Grupo Boticário, Habib’s, Inbrands, Lojas Americanas, Magazine Luiza, Pague Menos, Pernambucanas, Petz, Riachuelo, Telhanorte e Via Varejo.
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