Após mais de um ano de pandemia e isolamento social, 54% dos brasileiros acreditam que sua situação financeira familiar só vai melhorar em 2022. Outros 23% veem melhora ainda neste ano. Apenas 11% não tiveram a renda afetada pela pandemia.
Os dados fazem parte do Radar Febraban, pesquisa feita pela federação em parceria com o Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas).
Quando o cenário melhorar, 25% dos brasileiros querem viajar, outros 23% querem comprar um imóvel e 21% pretendem reformar a casa. Investimentos em cursos e educação são uma opção para 25%.
Outros bens também estão na mira: 11% pretendem comprar um carro e 10% querem comprar eletrodomésticos e eletrônicos.
A pesquisa também detectou que 31% querem aplicar o dinheiro na poupança, enquanto 27% pretendem fazer outro tipo de investimento bancário.
Recuperação da economia
Para 75% dos brasileiros, a economia brasileira só vai melhorar a partir do ano que vem. Apenas 9% apostam em uma retomada ainda em 2021.
Sobre o cenário econômico, 80% preveem o aumento da inflação e do custo de vida, 76% acreditam que a taxa de juros vai aumentar, 70% acham que o desemprego vai crescer, 64% vislumbram a diminuição do poder de compra das pessoas e 35% apostam na diminuição do acesso ao crédito, enquanto 30% opinam sobre seu aumento.
“Grande parte das famílias tem ou teve que conviver por um longo período com perdas financeiras, esvaziamento das reservas, redução salarial e desemprego. Diante de tantas dificuldades enfrentadas, não é de se estranhar o pessimismo quanto à recuperação financeira das pessoas e do país”, diz o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, responsável pela pesquisa.
Uso do PIX
O PIX, nova forma de pagamento digital, foi usado por 43% dos entrevistados para fazer transferência bancária. Outros 37% utilizaram o PIX para fazer pagamento, 32% para receber pagamento e 31% para receber transferência.
O Radar Febraban ouviu três mil pessoas de todas as regiões do País, entre os dias 1º e 7 de março. A pesquisa também possui um recorte regional, para que se possa sentir a temperatura de cada região.