Metaverso é apenas um buzzword, algo que para no universo da ficção científica, ou que veio para ficar? Como esse novo mundo funciona? Como ativar marcas e estratégias nesse novo universo? Essas dúvidas são sempre presentes quando abordamos esse assunto que é tendência no momento.
Acompanhando as necessidades latentes da sociedade atual, como quebras de barreiras entre físico e digital, convivência sem fronteira, experienciar em vez de só comprar, e acrescentando a evolução das tecnologias imersivas e avanços que teremos com 5G, a visão de futuro é que o metaverso é nosso próximo estágio de convivência humana e consumo.
O metaverso não é a substituição do mundo físico. Será mais um campo onde nos relacionaremos com integração do real e digital, unindo experiências de entretenimento, convivência, compra e diversão em universos digitais, mas com interações físicas via voz, sensor de movimento, realidade virtual, realidade aumentada, chips integrados nas nossas roupas ou corpos, entre muitas outras possibilidades.
O metaverso não está “pronto”, não é algo que será “aberto” ou construído do dia para noite. A expectativa é que diversas iniciativas nas áreas de games, entretenimento, consumo, mídia e financeira, entre outras, se agreguem em um grande ecossistema global, formando, assim, o metaverso ou diversos metaversos.
Estamos na fase de descoberta e desenvolvimento, mas algumas empresas estão na frente com investimentos em Ecossistemas de Negócios, se antecipando ao advento do metaverso, como: Facebook com a compra da Oculus, e Microsoft, com HoloLens, entre outras.
A Tencent, gigante chinesa, sócia da Epic Games, dos jogos como Fortnite e Gears of War, dona da Riot Games, dos jogos como League of Legends e Valorant, coloca como visão de futuro o advento do metaverso. Seus movimentos estratégicos, principalmente de gamificação e mundos virtuais, mídia social, plataformas digitais de compra e consumo no seu Ecossistema de Negócios e parcerias refletem essa meta.
Movimentos atuais, como evento Astronomical do Travis Scott Fortnite, roupas para avatar da Gucci, experiências no Microsoft Mesh e vendas de obra de arte, cards colecionáveis com NFT são exemplos de pílulas de metaverso, experiências que as empresas estão realizando para entender a potencialidade desse novo universo e se preparar para o futuro.
Com o metaverso, o plano de marketing, mídia e logística será turbinado com novas possiblidades e as experiências encurtarão a distância entre marcas e pessoas. Tudo ainda parece distante, mas é uma realidade que está próxima. Essas pílulas de metaverso se expandirão cada vez mais.
Planejar como a marca estará nesse futuro e antecipar ações é fundamental para não ficar para trás quando esse movimento se tornar algo cotidiano. Durante o período pandêmico, vimos que as marcas que estavam mais preparadas para ações digitais (delivery, e-commerce) foram as que melhor se sobressaíram nesse momento difícil.
Com o metaverso será igual. Portanto, é importante refletir sobre esse aprendizado atual e se preparar para o futuro, principalmente potencializando Ecossistemas de Negócios que possibilitem esse movimento fluido e novo do metaverso.
Karen Cavalcanti é sócia-diretora da Mosaiclab, área de inteligência de mercado da Gouvêa Ecosystem.
Imagem: Envato/Arte/Mercado&Consumo