O consumo em supermercados teve alta de 4,6% em fevereiro, segundo os índices divulgados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em parceria com a Alelo, bandeira especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas. Os dados, calculados a partir da comparação com o mesmo período de 2019, mostram que o valor gasto nos restaurantes, bares, lanchonetes e padarias registrou queda de 27,8%.
Os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) indicam ainda que o segmento encerrou o período com uma redução de 10,9% no volume de transações. Além disso, a quantidade de estabelecimentos que efetivaram transações permaneceu praticamente estável em relação ao mesmo período de 2019 (-0,5%).
“Ao analisar o cenário do consumo em supermercados nos últimos meses, percebemos que a pandemia estabeleceu um novo comportamento: os brasileiros reduziram o número de vezes que realizam compras, mas passaram a gastar mais nesses estabelecimentos”, afirma o presidente da Alelo, Cesário Nakamura.
Em relação aos Índices de Consumo em Restaurantes (ICR), os dados de fevereiro destacam uma retração de 45,1% no volume de transações, tendo como base o mesmo período de 2019. Adicionalmente, o número de estabelecimentos comerciais que efetivaram transações também foi inferior (-3,9%).
Ligeira piora nos índices
De acordo com os pesquisadores da Fipe, os resultados observados em fevereiro destacam uma ligeira piora em relação aos impactos registrados no mês anterior (-27,3%), relacionando-se possivelmente com o agravamento da crise sanitária em diversas regiões e o retorno parcial ou integral de restrições sobre a operação dos estabelecimentos, como horário e capacidade de atendimento.
Os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) acompanham as transações realizadas em estabelecimentos como supermercados, quitandas, mercearias, hortifrútis, sacolões, entre outros; e os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) apontam a evolução do consumo de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega (delivery) e retirada em balcão/para viagem (pick-up).
Ambos são calculados com base nas operações realizadas a partir da utilização dos cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição, em todo território nacional. Além disso, é importante assinalar que a escolha do ano de 2019 para o cálculo dos impactos do consumo se dá pelo fato de que esse ano foi a última referência completa de um período dentro da normalidade da atividade econômica, que ocorreu antes da pandemia.
Dados divididos por região
Em termos regionais, a análise dos resultados revela que os efeitos da pandemia ainda se distribuem de forma heterogênea sobre o País, refletindo os diferentes níveis de agravamento da crise sanitária e econômica, bem como as distintas medidas restritivas adotadas em relação à operação dos estabelecimentos, entre outras.
Tendo como parâmetro o valor gasto em restaurantes- o segmento mais fragilizado pela pandemia – é possível evidenciar que as regiões mais impactadas em fevereiro foram: Norte (-37,3%) e Sudeste (-28,1%), ao passo que as menos afetadas foram as regiões Sul (-25,7%) e Nordeste (-26,1%). No Centro Oeste, a variação foi de -28,0%.
Individualmente, os Estados que tiveram os piores resultados foram: Amazonas (-48,9%), Rio de Janeiro (-39,2%), Distrito Federal (-32,7%), Ceará (-32,4%) e Rio Grande do Sul (-31,8%) em contraponto àqueles que apresentaram crescimento ou menor redução no consumo: Rondônia* (+6,6%), Alagoas* (-4,6%), Maranhão (-15,5%), Mato Grosso do Sul (-15,7%) e Pará (-16,0%). No que diz respeito ao consumo em outras regiões, vale mencionar os resultados observados no segundo mês de 2020 em: São Paulo (-25,5%), Minas Gerais (-25,0%), Santa Catarina (-19,7%), Paraná (-25,5%) e Pernambuco (-23,9%).
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