Afinal, só se fala em transformação digital. E a sua empresa, está em que momento? Escutando os consumidores, analisando os dados, planejando ou em fase de execução?
Em muitas empresas, a transformação digital já é realidade, em outras um desafio cheio de incertezas. Na grande maioria, paira a dúvida do que baliza se os negócios estão ou não vivendo uma transformação digital e este tema permeia todas as áreas, ecossistemas e consumidores. Por isso, vou me debruçar no tema neste artigo e nos próximos, com convidados que vão ilustrar em algumas linhas a realidade do que está acontecendo no mundo real.
Ao longo desta série de artigos, vamos explorar os conceitos da transformação digital, o que vai se ganhar na prática, quem está por trás de toda essa necessidade de se transformar, os primeiros passos, avaliar quem está na vanguarda e os impactos para quem não se mover.
A rotina das empresas está sendo impactada e influenciada por novas tecnologias que trazem agilidade e com isso otimizam tempo. Tempo esse, que se bem utilizado, é um divisor de águas entre as empresas bem-sucedidas, que conseguiram se posicionar no mercado atendendo ao seu nicho de consumidores com as suas demandas e desejos. As demais que estão se debatendo em busca desse patamar tão almejado.
Levando-se em conta essa afirmação, precisamos perseguir a otimização do tempo nas empresas, simplificando rotinas, melhorando processos, inovando com tecnologias que agreguem ganhos de desempenho nos nossos planejamentos. Assim, modernizaremos as nossas empresas “para que lutem em pé de igualdade” no mercado brasileiro e no competitivo e desejado mercado internacional.
O real objetivo da transformação digital é trazer a tecnologia para a estratégia do negócio, reescrevendo todos os processos internos, transformando a cultura da empresa e chegando nos entregáveis com um novo envelopamento que atenda ao que os consumidores estão esperando.
Na prática, todos ganham. A empresa junto, com todo o seu ecossistema, ganha em produtividade, em share de mercado, em melhoria na qualidade dos entregáveis e na qualidade do ambiente de trabalho no dia a dia. Os consumidores ganham um produto em um novo envelope que seguirá um fluxo digital, com toda comodidade e que atenderá e superará as expectativas.
E voilà! Quem está por trás de toda essa transformação? O nosso querido consumidor conectado no mundo digital que deseja uma nova forma de comprar e de receber suas compras. O seu comportamento impulsionou, acelerou e exigiu que as empresas agissem.
Tudo começa pela experiência do cliente e por meio dele, com os seus anseios e ensinamentos que nos conduzem a colocar o projeto da transformação digital no topo da nossa lista de prioridades.
A transformação digital deve acontecer em etapas estruturadas e bem definidas, com plano de ação, definição dos responsáveis e metas claras e conhecidas por todo o time. Todos precisam se envolver. Não é um plano com início, meio e fim; ele é contínuo dentro da empresa. Sempre precisaremos escutar o mercado, nos renovar e nos reposicionar para crescer e prosperar.
De acordo com a consultoria de tecnologia McKinsey, a transformação digital pode ser caracterizada em uma empresa se aciona qualquer um destes gatilhos:
- Modelos de negócio: criar formas de operação e de faturamento;
- Conectividade: conquistar engajamento completo e em tempo real;
- Processos: ter foco na experiência do consumidor, com uso de automação para melhorar entregas;
- Analytics: adoção de uma cultura de dados para melhorar a tomada de decisão.
A transformação digital transcende a ideia de simplesmente fazer ou fazer porque todo mundo está fazendo. Significa acompanhar de perto o comportamento e os desejos dos nossos clientes.
Dados da consultoria Forrester mostram que, especialmente por conta da pandemia, as interações digitais dos consumidores vão crescer 40%.
O MIT (Massachusetts Institute of Technology) divulgou um artigo em que afirma que empresas com maturidade digital são 23% mais lucrativas que as concorrentes menos maduras.
Os três pilares que norteiam a transformação digital são:
- Conhecer profundamente o seu cliente
Conhecer profundamente o seu consumidor, valendo-se de pesquisas e levantamento de dados para ter informações sobre os desejos, preferências e dificuldades que servirão de base para o desenvolvimento de produtos, serviços e soluções bem como suas estratégias de marketing e vendas. - Melhorar e automatizar o fluxo das entregas
Redesenhar os fluxos visando a automatização dos processos e tarefas que resultem num ganho de agilidade e qualidade nas entregas. - Adequar-se às mudanças
A transformação digital traduz a leitura do que vemos no mercado. As empresas precisam estar preparadas para as mudanças mandatórias vindas dos consumidores que gerarão mudanças em processos visando a manutenção do “share” conquistado.
O principal foco é transformar a forma como entregamos a experiência para o cliente!
E este movimento começa de dentro para fora. Como? Nosso convidado neste artigo é Paulo Antonio da Costa e Silva, enterprise agile coach que participou de iniciativa do Grupo Boticário aplicando técnicas ágeis para garantir ter todos seus colaboradores e parceiros na mesma página da transformação digital. Ele colabora neste artigo sob o prisma da importância de todos os colaboradores estarem na mesma página:
“Como toda transformação, interna ou externa, é preciso amadurecimento da organização. Mas como chegamos a este patamar tão desejado? Saímos de um sonho e ultrapassamos as barreiras de uma cultura que até aquele momento sempre deu certo. Já dizia Mike Tyson: ‘Perdemos nossa estratégia ao levarmos o primeiro soco.’ Este soco foi trazido pelo mundo V.U.C.A., pela Covid-19, clientes mais exigentes. Com isso, muitas empresas saíram na frente, buscando as novidades, trazendo autonomia para seus colaboradores, inovação em novos formatos de trabalho. A forma mutante de se reinventar, como as startups. Capacitando seus colaboradores para este novo formato de entrega. Isso mesmo, a entrega de valor, alinhando à expectativa do cliente. Entendendo-o, ouvindo-o, indo até ele para melhor compreendê-lo ou até mesmo trazendo-o para dentro de nossos times. Só assim acredito numa transformação digital evolucionária.
Na educação, professores tiveram de se reinventar para criar aulas colaborativas e menos expositivas. Mais dinâmicas, utilizando novos recursos online em colaboração em grupo, trazendo antigos conceitos de PBL (Problema Based Learning, aprendizado baseado em problemas), até usando práticas de design thinking, para prender a atenção do aluno e tornar mais eficaz o conteúdo. Trazendo uma visão de educação disruptiva, saindo do contexto o professor ser o centro das atenções e colocando o aluno também para criar, praticar e/ou experimentar o aprendido até aquele instante. Essa é a transformação digital que tanto buscamos.”
Paulo Antonio da Costa e Silva, DTO – Digital Transformation Office- Grupo Boticário
Com toda certeza, a transformação digital veio para ficar e com ela vem uma nova onda de negócios estruturados e bem-informados sobre o que o mercado está ditando. A Benkyou está preparada para ser sua parceira e facilitadora nessa jornada da transformação, venha conhecer nossas soluções e vamos com você rumo ao mundo da transformação digital!
Nos próximos artigos, iremos contar com a participação de Shana Karin, CEO da LIFE, que irá dividir os passos para aterrissar a transformação digital nas empresas e para você sentir o que vem por aí. Seguem alguns “insights” de Shana:
“Várias experiências pelo mundo mostram que transformações digitais bem-sucedidas são aquelas que focam em um quarteto de fatores: (1) tecnologia, sim! Mas também (2) processos – que precisam ganhar agilidade por meio de quebra de silos e desburocratização, (3) dados, garantindo que as decisões sejam cada vez mais inteligentes, focadas em valor e preditivas e (4) pessoas, pois se não investirmos em times com uma nova mentalidade de nada adianta avançarmos nos pontos anteriores. Aliás, pesquisa da consultoria McKinsey mostra que a principal razão do fracasso das empresas em suas transformações é o comportamento dos colaboradores na organização, dos mais altos cargos e gerência estendendo-se a todos os outros funcionários.”
Shana Karin- CEO da LIFE
Na sequência, teremos a contribuição do Tonico Novaes, CEO da Campus Party Brasil, que nos contextualizará de suas iniciativas digitais para potencializar o mercado e as empresas. Segue seu “insight”:
“Na sopa de letrinhas VR, AR, MR, IoT, BI, CRM, ERP, SaaS, LTE e etc., agora a palavra da vez é ESG. Algumas pessoas pedem para inserir o T de tecnologia, mas acredito que o correto seria o D de digitalização, afinal é um movimento que engloba tudo isso, e não apenas um conjunto de técnicas. Ou seja, no final desse primeiro semestre de 2021 precisamos entender como funcionará o ESG+D dessa nova sociedade 5.0 no pré-pós-pandemia.”
Tonico Novaes – CEO da Campus Party Brasil
Me orgulha estar à frente hoje da Benkyou no tema de engajamento, contribuindo para esta revolução que implica num mundo melhor, por meio de negócios sustentáveis e sadios. E estes são sinônimos do envolvimento com todo seu ecossistema, ou seja, fornecedores, canais e clientes, além de seus times internos. Nos meus 20 anos como empreendedora dentro de segmento de tecnologia, nunca vi tanta aceleração acontecer num intervalo tão pequeno.
Por hoje é só! Mas é só começo.
Patricia B. Bordignon Rodrigues é Diretora de Marketing e Canais Benkyou
Imagem: Envato/Arte/Mercado&Consumo