Os brasileiros já pagaram R$ 1,5 trilhão em impostos arrecadados desde o 1º dia do ano de 2021 pelos governos federal, estaduais e municipais.
Essa marca foi atingida às 3h42 de hoje, segundo o Impostômetro da ACSP (Associação Comercial de São Paulo). Entraram na conta impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária.
No ano passado, o registro aconteceu em 28 de setembro, o que quer dizer que em 2021 os brasileiros estão pagando mais impostos.
Se por um lado, as causas do aumento da arrecadação de tributos neste ano significam maior produção e consumo, por outro lado, representam a elevação dos preços dos produtos e serviços. “A taxa de inflação medida pelo IPCA atingiu 8,6% em 12 meses, mas o IGP subiu mais de 33% no mesmo período. O aumento dos preços se reflete na receita tributária contribuindo que o ritmo de crescimento seja mais rápido este ano, como mostra o Impostômetro”, diz o economista da ACSP, Marcel Solimeo.
Ele pondera que no mesmo período do ano passado a maioria dos estados ainda adotava medidas restritivas para o funcionamento de lojas, shoppings e restaurantes com objetivo de conter o avanço da covid-19. “Boa parte do aumento da arrecadação deste ano é explicada pela melhora da economia, que está menos sujeita a restrições de funcionamento”, diz Solimeo.
De acordo com os cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), com esse montante é possível comprar mais de 48 mil carros populares. Se aplicado na poupança, esse valor renderia mais de R$ 8,6 milhões por mês.
Peso dos impostos
No site é possível saber qual a alíquota de imposto por produto. Os consumidores que não se prepararam para a massa de ar polar e precisam comprar cobertores, por exemplo, vão desembolsar 26,05% em imposto. Edredom, são 37,88%; aquecedor de ambiente, 48,30%; casaco de moletom, 34,67% e cachecol, 34,13%.
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