Riachuelo quer fazer lives quase diariamente para vender produtos

Modelo que está virando moda no Brasil movimentou cerca de US$ 200 bilhões na China em 2020

A pandemia de covid-19 fez a quantidade de lives disparar em 2020. Empresas patrocinaram shows ao vivo de artistas no mundo todo, e muitas marcas aproveitaram, também, para apresentar seus produtos nesses encontros. Esse cenário fez com que a Riachuelo refletisse sobre o modelo, conta o diretor-executivo Elio Silva. “Acreditamos que o live commerce será uma febre no Brasil”, conclui.

Silva participou, nesta quinta-feira (16), do painel “A nova moda do digital: o live commerce”, realizado dentro do Latam Retail Show, maior evento de varejo e consumo B2B do Brasil, que conta com cobertura especial da plataforma Mercado&Consumo. O painel foi conduzido por Célio Martinez, CEO da M&C.

Segundo Elio Silva, a ideia é fazer cada vez mais transmissões do tipo. “A gente vai passar a ter um trabalho de lives quase que diárias. E também, a partir de algumas de nossas lojas, fazer lives temáticas”, revelou.

O que é o live commerce?

O live commerce é um modelo de vendas que surgiu na China e movimentou cerca de US$ 200 bilhões de só em território chinês durante o ano de 2020, de acordo com estimativas feitas pela Research and Markets. As estimativas para 2027 giram em torno de US$ 600 bilhões movimentados nesse novo canal.

O modelo consiste na experiência de comprar online por meio de transmissões ao vivo, enquanto os clientes interagem com os influenciadores e vendedores que se apresentam do outro lado da tela. Ele já dava seus primeiros passos no Brasil, mas no ano passado foi potencializado em consequência das novas dinâmicas sociais impostas pela pandemia.

O grande diferencial dessa novidade para o e-commerce tradicional é a interação social entre a empresa e o seu consumidor. “Entendemos que a experiência de comprar no e-commerce estava muito fria e solitária”, afirmou Marcio Machado, fundador e CEO da Stream Shop, plataforma brasileira destinada a transmissões de live commerce. “A gente agrega interatividade e funcionalidade de compra em cima de em sessões de vídeo.”

As vantagens do modelo

Para a CEO da Orcas – Orcas – Omnichannel Experience, Andrea Rios, uma das vantagens de se realizar uma live commerce é a multiplicidade de áreas simultâneas de experiência do cliente. “Tenha uma estratégia de interação social”, alerta.

Ela também ressalta que não é necessário fazer superproduções para obter bons resultados com essa estratégia. “É importante ter um conteúdo que realmente gere engajamento e entretenimento. Um conteúdo que seja exclusivo, interativo e autentico”, finaliza Andrea.

Imagem: Divulgação

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