A Boeing informou nesta quarta-feira que teve prejuízo líquido de US$ 4,143 bilhões no quarto trimestre do ano passado. A quantia equivale a perdas de US$ 7,02 por ação – ou US$ 7,69, em termos ajustados – bem acima da estimativa de analistas, que esperavam prejuízo de US$ 0,36 por ação. Em relação ao mesmo período de 2020, no entanto, o prejuízo por ação de outubro a dezembro de 2021 foi 50,8% menor.
A receita da fabricante de aviões americana foi de US$ 14,793 bilhões no trimestre passado, abaixo dos US$ 15,304 bilhões registrados no ano anterior e contrariando a expectativa de alta a US$ 16,54 bilhões de analistas.
Entre pontos positivos do balanço, a Boeing relatou um fluxo de caixa livre positivo de US$ 494 milhões, se recuperando do resultado negativo de US$ 4,27 bilhões há um ano. Neste caso, analistas esperavam fluxo de caixa negativo de US$ 111,6 milhões. A empresa ainda aumentou a produção mensal de aviões do modelo 737 MAX, de 19 a 26.
Com a divulgação dos resultados, a ação da Boeing subia 0,47% no pré-mercado das bolsas de Nova York, às 9h59 (de Brasília). O papel da empresa chegou a cair mais de 2% logo após o balanço sair, mas o recuo foi contido nos minutos seguintes.
Projeção de demanda
A companhia projeta uma demanda global de 19.000 aviões comerciais nos próximos 10 anos, somando US$ 3,2 trilhões. Para os próximos 20 anos (até 2040), a Boeing projeta demanda por mais de 43.500 novos aviões, avaliados em US$ 7,2 trilhões, um aumento de cerca de 500 unidades em relação à previsão do ano passado.
A projeção leva em consideração o aumento da demanda por cargueiros dedicados, incluindo modelos novos e convertidos. Com isso, a frota global de cargueiros em 2040 será 70% maior do que a pré-pandêmica, informa o comunicado.
Segundo a Boeing, o tráfego de passageiros deve aumentar em média 4% ao ano, estimativa inalterada em relação ao ano passado.
Com informações de Estadão Conteúdo: (Gabriel Caldeira)
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