Com parcelamento inteligente, Pagaleve quer revolucionar o varejo brasileiro

Empresa espera fechar 2022 com mais de 500 mil clientes e mais de mil varejistas na base

Responsável por inserir uma nova forma de pagamento e um novo conceito para o mercado brasileiro, a startup financeira Pagaleve foi fundada durante a pandemia e agora busca conquistar espaço. “A Pagaleve já nasceu grande. Nós construímos uma plataforma que suporta milhões de transações”, destaca Henrique Weaver, CEO da Pagaleve, em entrevista exclusiva à Mercado&Consumo.

Weaver também comenta sobre a inovação que o conceito de “buy now, pay later” agrega ao cenário brasileiro, mostrando-se uma opção importante para aquelas pessoas que não utilizam ou não gostam de usar o cartão de crédito.

Apesar do pouco tempo do negócio, CEO já projeta um crescimento considerável para o primeiro ano de operações da empresa. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista.

Mercado&Consumo: Quando a Pagaleve foi criada e há quanto tempo ela está funcionando no mercado?

Henrique Weaver: Fundamos a Pagaleve no começo do ano passado e investimos bastante tempo e recurso para construir toda a solução tecnológica, todo o motor de crédito e todos os processos. Então, lançamos oficialmente a empresa em outubro de 2021, já com varejistas grandes, como a Reserva, por exemplo. De lá para cá, a gente vem fortalecendo essas operações e expandindo o escopo.

M&C: O que é exatamente o conceito de “buy now, pay later”?

HW: O buy now, pay later, da forma como a gente trouxe para o Brasil, é um modelo bem novo para a gente. Não é um crediário, não é boleto parcelado e nem nada dessas soluções antigas que vemos aqui no país e têm muita fricção, ou seja, esses processos que para o consumidor não são fluídos. Para o varejista, as soluções que existiam até então tinham uma taxa muito baixa de aprovação e podiam demorar para ter os valores aprovados para a compra.

Então, o que a gente criou foi um processo que chamamos de parcelamento inteligente, que é um parcelamento em que o consumidor não precisa de cartão de crédito. Ele consegue parcelar tudo por meio da plataforma do Pix, em poucos segundos.

M&C: Como funciona esse sistema na prática?

HW: A pessoa pode escolher esse parcelamento e pagar em até quatro vezes e sem nenhum tipo de juros. Portanto, temos parcerias com diversos varejistas, como a já citada Reserva, além de Triton, Mundo Lolita, Canal e uma série de outras marcas de renome. Assim que o cliente escolhe a Pagaleve no checkout, ela segue alguns passos rápidos e em menos de dois minutos faz tudo que precisa fazer em termos de inscrição e aprovação. Logo em seguida, o item já é liberado para entrega.

M&C: Você acredita que essa ideia que trouxeram para o Brasil pode ser um conceito disruptivo para o mercado brasileiro?

HW: Sem dúvida. Hoje, se você dá uma volta em um shopping qualquer no Brasil ou entra em lojas online, percebe que em todas ou na grande maioria das ocasiões para pagar algo parcelado é necessário ter um cartão de crédito. E essa questão deixa um monte de gente de fora.

Atualmente temos três grandes grupos de fora e mal atendidos nas formas atuais de parcelar. Temos primeiro as pessoas que não têm cartão de crédito: isso é o equivalente a um a cada três brasileiros adultos. Também existem as pessoas que possuem o cartão, mas cujo limite de crédito é abaixo do poder de compra delas. Portanto, pessoas que poderiam honrar um pagamento, querem comprar, mas não conseguem por conta do limite de crédito. E o terceiro grupo são as que poderiam ter um cartão e ter um limite de crédito “ok”, mas que não gostam de usar cartão. E esse grupo é super focado em jovens adultos, que são as duas gerações Z e Millennial. Existem pesquisas que mostram que, dentro desse grupo, mais de 70% declaram não gostar de usar cartão de crédito e o principal fator é o medo de cair na bola de neve dos juros rotativos caso não consigam fazer um dos pagamentos.

A Pagaleve traz uma nova solução que consegue entregar exatamente o que essas pessoas precisam. Com isso a gente estimula a economia do Brasil, não só trazendo dinheiro de fora do país e investindo aqui, mas também estimulando as pessoas que não conseguiriam comprar coisas de que elas precisam para que consigam comprar.

M&C: Quais as expectativas para este ano e para projetos para médio e longo prazo?

HW: A Pagaleve já nasceu grande. A gente construiu uma plataforma que suporta milhões de transações, não é um MVP [“minimum viable product”, ou “produto mínimo viável”], então já começamos com um tamanho e uma capacidade de escalar muito grande. 2022 já está sendo um ano muito importante. Além dessas parcerias com varejistas de peso, nós também temos métricas e projeções superambiciosas.

Nós devemos fechar o ano com mais de 500 mil clientes comprando com a gente e mais de mil varejistas na nossa base. E do lado de time e de equipe, hoje composta por mais de 30 pessoas, nós devemos fechar o ano com mais de 100 pessoas no Brasil. Então também gerando emprego e movimentando a economia brasileira como um todo.

Imagem: Mercado&Consumo

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