User Experience, com foco no cliente, dará o tom do varejo

Em entrevista exclusiva à Mercado&Consumo, CEO do grupo Stefanini fala sobre os principais insights da NRF

O varejo brasileiro sempre teve uma visão focada na eficiência da venda, mas agora a abordagem deve ser mais focada no user experience, tendo o cliente no centro. Esse é um dos insights da NRF 2022, principal evento de varejo no mundo, destacados por Marco Stefanini, CEO e fundador do Stefanini Group, em entrevista exclusiva à Mercado&Consumo.

Stefanini também comentou que os profissionais de tecnologia no País estão em um nível acima da média global, mas ressaltou que é necessário combinar isso com uma visão de negócios.

Apesar de todos os aprendizados, o fundador reforça a necessidade de agir e também destaca como disciplina é fundamental nesse momento. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista:

Mercado&Consumo: Quais os principais aprendizados da NRF de 2022?

Marco Stefanini: Eu acho que o principal é que foi um evento mais pragmático, na visão de quem já participou muitas vezes. Claro que a visão futurista, a visão dos médio e longo prazos são importantes, mas a implantação de todas essas novidades é sempre importante.

Podemos citar, por exemplo, a questão da logística e que o Brasil tem um contorno dramático por causa de seus próprios problemas. Ou seja, no fundo, o varejo avançou muito na parte do front e agora precisa “arrumar a cozinha” [referindo-se à parte de back-end].

Outro ponto muito interessante está relacionado à eficiência. O varejo, principalmente no Brasil, sempre teve uma visão muito de eficiência, focada em quem está vendendo e se está fazendo essa venda de maneira eficiente. Agora, o tom é muito mais user experience, tendo o cliente no centro. Essa é uma abordagem que vem se somar à questão da eficiência.

Existem conceitos interessantes que o Brasil vem aplicando e o varejo brasileiro avançou muito nos últimos anos, recuperou boa parte do atraso, mas ainda haverá muita emoção pela frente.

M&C: O mindset tech na formação de profissionais é fundamental hoje em dia, especialmente no Brasil?

MS: Eu vejo que a maior deficiência e defasagem do Brasil em relação aos Estados Unidos e China é na área de dados. Na área de marketing digital e em outras frentes, a gente não fica muito a dever.

Dentro desse cenário, da importância do perfil tech, é realmente muito importante no sentido de executar. Esse é um ponto fundamental. Em digital, não basta apenas visualizar uma solução. É necessário executar essa solução.

M&C: O mercado brasileiro de profissionais de tecnologia tem algum diferencial?

MS: Nós temos uma vantagem no Brasil, que é o nível dos profissionais de tecnologia no País – e eu consigo comparar porque a Stefanini está em 40 países. Esse nível é bem acima da média. Porém, eu queria ressaltar a combinação do tech com uma visão de negócios, que é muito importante.

M&C: O que, de fato, é necessário para que esses aprendizados da NRF possam ser implementados aqui no Brasil?

MS: É importante quando vamos assistir a um evento, seja no Brasil, seja fora, fazermos analogias com as realidades da nossa empresa. Toda empresa tem os seus obstáculos e desafios. Portanto, é fundamental, quando se termina um evento, independentemente de qual seja, saber como transportar e aterrissar esses conhecimentos e aprendizados.

Eu reforço que ter essa visão é importante, mas, hoje em dia, o mais importante é a execução. Então, disciplina é fundamental. Sempre foi, mas agora é muito mais porque o tempo para errar é menor, o que faz com que necessitemos ser mais rápidos. Para isso, disciplina é tudo.

Imagem: Divulgação

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