Falta de mão de obra nos EUA faz restaurantes ampliarem benefícios aos trabalhadores

"Nós estamos contratando" é a frase mais comum vista nas portas de bares e restaurantes de Chicago

“Nós estamos contratando.” A frase, estampada em quase todas as esquinas de Chicago, nos Estados Unidos, é o símbolo de um problema que vem afetando o foodservice em todo o País: a falta de mão de obra. Procuram-se garçons, bartenders e caixas para trabalhar em bares e restaurantes.

“Os restaurantes que ainda estão tentando compensar o que foi perdido na pandemia hoje estão lutando com a escassez de mão de obra, inflação recorde e restrições na cadeia de suprimentos”, resume a CEO da National Restaurant Association (NRA), Michelle Korsmo.

De acordo com o relatório “State of the Restaurant Industry”, da NRA, cerca de metade dos operadores espera que o recrutamento e a retenção de funcionários sejam seus principais desafios ao longo deste ano.

A situação não é exatamente nova: antes mesmo da covid-19, mais de um terço dos operadores classificava o recrutamento e a retenção de funcionários como o principal gargalo. Mas o desafio foi acentuado na pandemia, quando os restaurantes fecharam as portas, levando os profissionais a buscarem outras fontes de renda. Para muitos deles, ficou evidente que era possível ter outros trabalhos, alguns mais estáveis do que aqueles que dependem fortemente das gorjetas.

As empresas do foodservice têm fixado boa parte das expectativas em projetos como o que facilita a ida de trabalhadores estrangeiros para trabalhar nos Estados Unidos. “Os golpes sobrepostos da pandemia e agora uma economia inflacionária estão limitando as operações do setor. Para que os restaurantes se recuperem e cresçam totalmente, precisamos estar abertos com capacidade total – e para isso precisamos continuar aumentando nossa força de trabalho”, diz o vice-presidente executivo de Relações Públicas da NRA, Sean Kennedy.

O Fairmont Chicago, um hotel cinco estrelas localizado no Millennium Park, tem três operações em funcionamento, sendo dois restaurantes e um café. O diretor-geral de Alimentos e Bebidas do hotel, William Schultz, confirma que o desafio atual é grande. “A mão de obra está muito difícil na indústria de alimentos. Por isso, temos realizado muitos programas de incentivo e dado bonificações para os funcionários quando eles indicam profissionais para trabalhar conosco”, conta.

A unidade da varejista Nordstrom na Michigan Avenue também tem três restaurantes, e por lá o discurso sobre falta de mão de obra se repete. Segundo a gerência, o foco tem sido a retenção de talentos, o que a empresa faz se certificando de que paga bons salários.

Cobertura Especial NRA Show 2022

Mercado&Consumo está em Chicago para acompanhar a NRA Show 2022.  A reportagem embarcou com a delegação da Gouvêa Foodservice e faz uma cobertura especial do evento. Acompanhe toda a cobertura da NRA Show 2022 em nossas redes e no nosso portal:

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Imagens: Shutterstock

Aiana Freitas

Aiana Freitas

Aiana Freitas é editora-chefe da plataforma Mercado&Consumo. Jornalista com experiência na cobertura de tendências de consumo, varejo, negócios, finanças pessoais e direitos do consumidor.

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