Com quedas nos preços das carnes (-5,04%) e das passagens aéreas (-6,68%), a prévia da inflação de fevereiro ficou em 0,22% no mês. Esse é o menor resultado para fevereiro desde o início do Plano Real, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE. O resultado mostra desaceleração na inflação que, no ano, acumula alta de 0,93%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, três apresentaram deflação em fevereiro: Vestuário (-0,83%), Saúde e cuidados pessoais (-0,29%) e Alimentação e bebidas (-0,10%). A queda nos preços das carnes (-5,04%), após quatro meses de altas (acumulado de 27,95%), teve grande impacto na prévia da inflação de fevereiro. Roupas, perfumes e itens de higiene pessoal também pesaram menos no bolso do consumidor.
Por outro lado, ficou mais caro para estudar. A Educação teve alta de 3,61%, refletindo os reajustes normalmente praticados no início do ano letivo, em especial dos cursos regulares (4,36%).
Além disso, os Transportes tiveram variação positiva de 0,20%, puxada, principalmente, por reajustes de tarifas de ônibus urbanos, trem e metrô em diversas localidades. Já o preço das passagens aéreas (-6,68%) caiu pelo segundo mês consecutivo (em janeiro, a variação foi de -6,45%).
Os preços da gasolina (0,21%), do etanol (2,69%) e do óleo diesel (0,04%) subiram menos que no mês anterior (2,64%, 4,98% e 1,47%, respectivamente). O gás encanado subiu 0,28%, influenciado pela alta de 0,94% no Rio de Janeiro, onde houve aumento (2,45%) nas tarifas no dia 1º de janeiro e redução (1,20%) a partir de 1º de fevereiro.
Já a conta de energia elétrica diminuiu em média 0,12% com a mudança de bandeira tarifária. Em janeiro, estava em vigor a bandeira amarela, que adiciona R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora consumidos; já em fevereiro, passou a vigorar a bandeira verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz.
Regional
Nos índices regionais, duas das onze regiões pesquisadas apresentaram deflação em fevereiro: as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de Curitiba (-0,03%). No Rio de Janeiro, o resultado foi influenciado principalmente pela queda nos preços das carnes (-10,40%).
Já em Curitiba, além das carnes (-3,45%), as passagens aéreas (-11,71%) também contribuíram significativamente para o resultado do mês. O maior índice foi registrado na região metropolitana de Fortaleza (0,48%), influenciado pelas altas de 5,86% dos cursos regulares e de 44,33% nos preços do tomate.
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