Faleceu nesta quarta-feira, 21, o economista e ex-presidente do Banco Central (BC) Affonso Celso Pastore, aos 84 anos. O executivo estava internado no Hospital Albert Einstein desde o último fim de semana, e a causa da morte não foi divulgada à imprensa.
Pastore desempenhou papéis significativos como professor, consultor e presidente do BC entre 1983 e 1985, consolidando-se como um dos mais respeitados economistas do Brasil. Atuou como secretário da Fazenda de São Paulo entre os anos de 1979 e 1983, além de ter sido um dos fundadores do Centro de Debate de Políticas Públicas, onde assumiu o cargo de primeiro presidente.
Diversas entidades expressaram pesar pela perda. O BC lamentou, afirmando que a morte de Pastore deixa uma lacuna no debate econômico brasileiro. A instituição destacou sua generosidade no diálogo com o Banco Central e seu “apoio inestimável” às causas da instituição. “Sempre manteve um diálogo generoso com o Banco Central, dando apoio inestimável às causas da instituição. Deixamos nossas condolências para Maria Cristina Pinotti, esposa de Pastore, demais familiares, amigos e os muitos colegas de trabalho e da academia.”
Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), afirmou que o Brasil perde um importante pensador com a morte de Pastore. “Além de um estudioso das nossas questões econômicas, também teve relevante trajetória pública, atuando em momentos-chave, como na negociação da dívida externa brasileira quando era presidente do BC. Deixa relevante legado intelectual e uma lacuna no debate econômico nacional”, afirmou.
A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) também lamentou a perda. A entidade ressaltou sua “eficaz gestão como Secretário da Fazenda do Governo de São Paulo e sua protagonismo na presidência do Banco Central, além de seu papel crucial na renegociação da dívida brasileira com o Fundo Monetário Internacional (FMI)”.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) definiu Pastore como um dos maiores macroeconomistas do País, elogiando sua postura ética e construtiva no debate econômico. Ressaltou ainda, que sua “voz racional e influente sempre foi direcionada para o desenvolvimento econômico do País”.
Imagem: Agência Senado