As montadoras já usaram 80% dos recursos disponibilizados pelo governo Lula para viabilizar descontos no preço final de carros. A medida foi lançada no último dia 5. Segundo balanço divulgado nesta quarta-feira, 21, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a pasta já autorizou R$ 400 milhões dos R$ 500 milhões de crédito separados para essa modalidade.
Os descontos permitidos no programa variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil no valor do carro, aplicados a partir de critérios elaborados para sete faixas. Na terça, o governo prorrogou por 15 dias a exclusividade para pessoas físicas comprarem esses veículos com desconto.
No total, o Executivo disponibilizou R$ 1,5 bilhão para bancar o programa, que atende também a categoria de ônibus e caminhões. Desse montante, R$ 640 milhões já foram usados. Para veículos para transporte de passageiros, as montadoras solicitaram R$ 140 milhões em crédito, e, para caminhões, R$ 100 milhões.
A Fiat é, até o momento, a empresa com mais créditos solicitados ao governo. Segundo painel do MDIC, foram R$ 190 milhões autorizados pela pasta à montadora.
Em seguida está a Volkswagen, com R$ 60 milhões. Em terceiro lugar a Peugeot, com R$ 50 milhões. Hyundai e Renault, cada uma, tiveram R$ 40 milhões autorizados.
Outras oito empresas demandaram, cada, R$ 20 milhões em crédito. Outras dez, R$ 10 milhões cada.
Créditos tributários
O programa para a renovação da frota será custeado por meio de créditos tributários, descontos concedidos pelo governo aos fabricantes no pagamento de tributos futuros, no total de R$ 1,5 bilhão. Em troca, a indústria automotiva comprometeu-se a repassar a diferença ao consumidor.
Está prevista a utilização de R$ 700 milhões em créditos tributários para a venda de caminhões, R$ 500 milhões para carros e R$ 300 milhões para vans e ônibus. O programa tem prazo de quatro meses, mas pode se esgotar antes, assim que os créditos tributários se esgotarem.
Com informações de Estadão Conteúdo e Agência Brasil.
Imagem: Agência Brasil