O governo da China anunciou nesta sexta-feira, 21, retaliação contra a Lockheed Martin e executivos da empresa americana do setor de defesa. Em comunicado do Ministério das Relações Exteriores, Pequim argumenta que a venda de armas pelos Estados Unidos para Taiwan “viola seriamente” seu princípio de apenas uma China e também três comunicados oficiais conjuntos entre americanos e chineses, além de “interferir seriamente em questões internas da China”, afetando sua soberania e integridade territorial.
O governo chinês diz que, a partir desta sexta, serão congeladas propriedades de alguns braços da empresa americana, o Lockheed Martin Missile System Integration Laboratory, o Lockheed Martin Advanced Technology Laboratory e a Lockheed Martin Venture Capital Company. Graduados nomes da empresa também são citados como alvo de punição, com proibição de conduzir transações, cooperação e outras atividades com o país, bem como sem acesso a vistos para entrada em solo chinês, inclusive em Hong Kong e Macau, diz a nota. Entre os alvos está o CEO da companhia, James Taikrit.
EUA versus China
A competição entre os dois países foi recentemente acirrada com a imposição de pesadas tarifas sobre produtos chineses pelos Estados Unidos. Em comunicado feito no dia 14 de maio, a Casa Branca anunciou tarifas sobre US$ 18 bilhões em importações chinesas para “proteger as empresas e trabalhadores americanos”.
A tarifa sobre determinados produtos de aço e alumínio aumentará para 25% da atual faixa de zero a 7,5%. Tarifas sobre semicondutores dobrarão para 50% até 2025, enquanto as tarifas sobre células solares também dobrarão para 50%, mas já este ano. Os valores sobre veículos elétricos chineses irão quadruplicar para 100% ainda em 2024, enquanto as de baterias de íon-lítio serão elevadas de 7,5% para 25%. Produtos médicos, como seringas e agulhas, além de guindastes de transporte marítimo, também estão sujeitos a novas tarifas ou aumentos.
Com informações de Estadão Conteúdo (Gabriel Bueno da Costa)
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