Por Jéssica Costa*
Na semana passada vimos pelo menos mais duas notícias que retratam bem a situação atual da economia brasileira. Em uma delas a Receita Federal anunciou uma queda real de 2,87% na receita da União no primeiro semestre deste ano, consequência direta da redução do nível da atividade econômica. Quase no mesmo momento, o próprio Governo mudou sua projeção oficial para o desempenho da economia e passou a trabalhar com uma retração de 1,5% do PIB para este ano. Este número por si só já é ruim, mas setores produtivos temem que o número possa ser pior, chegando a 2% de queda no PIB.
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Infelizmente notícias deste tipo passaram a ser mais frequentes do que estávamos esperando, o que exige que a excelência e a agilidade nas ações norteiem a forma de gestão nas empresas. Precisamos desenvolver uma necessidade constante de adaptação eficiente. Neste contexto, a gestão de categorias entra em cena para maximizar a receita e as margens operacionais no varejo.
A gestão de categorias tem por finalidade organizar e estruturar a localização dos produtos dentro do ponto de venda, com base na categoria / subcategoria de cada produto bem como o comportamento dos consumidores. Também deve considerar o sortimento do ponto de venda, preços praticados, promoções vigentes e espaço de venda (Shelf Space). Um dos principais benefícios do gerenciamento de categorias de produtos é a assertividade na estratégia de vendas.
Os consumidores não vão parar de comprar, mas tendem a migrar para marcas mais baratas ou para aquelas que apresentam maiores descontos. É nessa mudança de comportamento do consumo que as empresas precisam estar atentas, para que as áreas de exposição de produtos estejam alinhadas a estas mudanças dos consumidores, para que a reposição seja ágil, evitando rupturas, uma vez que o giro dos produtos passará por mudanças. A gestão de categorias vem para incorporar esta dinâmica ao dia a dia dos varejistas. E este tipo de gestão ainda é uma forma dos varejistas estreitarem o relacionamento também com seus principais fornecedores, uma vez que somente a colaboração entre todos faz com que o processo seja eficiente.
Este tipo de gestão deixa de ser coadjuvante e ganha mais espaço e relevância nos tempos atuais, onde os consumidores têm todas as informações disponíveis para realizarem suas compras. Os varejistas e toda a cadeia de suprimentos precisam estar atentos à gestão de categorias de seus negócios!
Jéssica Costa (jessica.costa@agrconsultores.com.br) é sócia e head de Consultoria da GS&AGR.