Conceito de shopping virtual ganha relevância para venda e ainda possui potencial elevado para empreendedores; em três meses, mais de 1,4 mil lojas virtuais foram abertas nesse canal
Visto como uma forma de elevar as vendas sem grande investimento, as plataformas de marketplace crescem à passos largos no País.
Com propostas que vão da venda de itens fitness até cursos em universidades, o número de lojas usando esse tipo de ferramenta saltou 32% ao fim do segundo trimestre deste ano, na comparação com o primeiro.
Os dados fazem parte do ‘Panorama dos Marketplaces no Brasil’, criado pela Precifica em parceria com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
“A maior presença de comerciantes nestes shoppings centers virtuais comprova a necessidade de exposição dos produtos em grandes portais que já estão no inconsciente dos consumidores”, comentou o presidente da ABComm, Mauricio Salvador.
Para o executivo, o formato ganha relevância em função da busca do consumidor por melhores preços. “Além disso, indica um aumento no consumo de itens do varejo, demonstrando maior poder de compra da população”, afirma
O executivo explica ainda que a quantidade de novos vendedores que comercializa seus itens dentre os meios analisados pela pesquisa apresentou um forte avanço. Entre abril e junho, um total de 1.496 lojistas dos mais diversos setores passaram a oferecer suas marcas nestes canais.
“O ganho de eficiência na ativação de vendedores está principalmente ligado ao emprego de tecnologias e processos que garantem a qualidade do catálogo de produto final dosmarketplaces”, avalia Ricardo Ramos, CEO do Precifica, que elaborou o estudo em parceria com Abcomm.
O executivo alerta, no entanto, que os lojistas devem ser assertivos na escolha da plataforma, para garantir uma estrutura funcional. “Os grandes desafios são evitar a duplicação de páginas e o agrupamento de ofertas distintas no mesmo espaço, prejudicando a experiência de compra do consumidor”, completa.
Por segmento
Falando dos ramos de atuação, o destaque entre o primeiro e o e segundo trimestre deste ano foram as lojas voltadas ao Esporte & Lazer. Com alta de 28,7% no período analisado, o ramo chega a 2.728 lojas ativas. Na sequência aparecem os mercados de Móveis e Decoração (2.591), Informática ( 2.542), Utilidades Domésticas (2.335) e Automotivo (2.048).
Por fim, Ramos cita que, para os empreendedores que buscam nichos de atuação em shoppings virtuais, os destaques são para venda de DVDs e Blu-Rays; Alimentos e Bebidas e Livros; todos abaixo de 60% da média de concorrência.
Fonte: Jornal DCI