A Alibaba cresceu para dominar o comércio on-line na China. A empresa chegou lá com o desenvolvimento precoce de sua própria plataforma de tecnologia e com a adição de serviços que tornam as compras on-line mais fáceis, como transporte e pagamentos.
A empresa está se valendo de aquisições para ampliar ainda mais seu ecossistema, abocanhando provedoras de conteúdos de vídeo e de notícias, serviços offline e empresas internacionais que apanharam uma fatia do mundo do comércio eletrônico fora da China. Com 2016 próximo do fim, listamos alguns dos negócios mais significativos da empresa:
Lazada — Esta é uma aposta de um bilhão de dólares em um mercado totalmente novo, já que a Alibaba busca repetir no Sudeste Asiático o que já conseguiu em seu país de origem. Os maiores sucessos da Alibaba no ramo de e-commerce foram aqueles que a empresa desenvolveu do zero. Mas Jack Ma busca fazer com que mais da metade das vendas sejam obtidas fora da China e esta é a maior aquisição internacional até o momento.
Youku Tudou — A compra dessa empresa de streaming de vídeos, que estaria avaliada em cerca de US$ 5 bilhões, é o maior investimento da Alibaba até o momento e faz parte de sua estratégia para gerar conteúdo e desenvolver seu próprio ecossistema de entretenimento. Como rivais como Tencent e Baidu também estão investindo pesado em conteúdo, a aquisição era crítica para a Alibaba em termos de oferta de entretenimento chinês para seu mercado de origem após o fechamento do acordo para a criação da Alibaba Pictures Group.
Didi Chuxing — O apoio da Alibaba ao aplicativo de reserva de táxis Kuaidi, que depois foi combinado com a Didi, apoiada pela Tencent, inaugurou a incursão da companhia em serviços além do comércio eletrônico. Em agosto, a empresa agora conhecida como Didi Chuxing fechou acordo para a aquisição da divisão chinesa do Uber, dando fim a uma batalha que queimou bilhões em recursos.
Suning Commerce — Esse acordo com a empresa de varejo de eletrônicos reforçou o alcance da Alibaba e sinalizou uma importante expansão de sua capacidade logística — sua habilidade para chegar aos clientes em toda a China, não apenas nas cidades.
Jasper Infotech — A companhia por trás da operadora de e-commerce Snapdeal garantiu à Alibaba uma presença na Índia, mercado que está mostrando o tipo de crescimento que Jack Ma viu na China há uma década.
Meizu — A Alibaba está determinada a colocar seu sistema operacional YunOS em mais telefones e a oferecer uma alternativa ao Android e ao iOS, da Apple, na China. O investimento direto em uma fabricante de smartphones como a Meizu é uma forma planejada pela empresa para chegar lá.
South China Morning Post — A Alibaba tem focado apenas em tecnologia e em serviços offline, mas a compra do jornal em língua inglesa mais antigo de Hong Kong lhe garante influência política e é o pilar de uma incursão na mídia tradicional.
Fonte: Bloomberg