A transformação digital pode encurtar a lacuna entre o que uma empresa produz e o que o consumidor deseja ver na prateleira ou no site de uma loja. As novas formas de produzir, vender e comprar serão o tema de um webinar que será promovido no dia 17 de março pela plataforma Mercado&Consumo e pela Centric, empresa especializada em Tecnologia da Informação.
O evento será conduzido pelo sócio-diretor da Gouvêa Consulting, Alexandre Machado, e terá como participantes a product manager da Riachuelo, Flávia Märtino, e o diretor comercial da Centric, Leandro Silva. As inscrições para o webinar “Mercado&Consumo Talks: O impacto da tecnologia no varejo, do conceito ao consumidor” estão abertas e podem ser feitas pela internet (clique aqui para se cadastrar).
Os especialistas vão debater os gargalos que existem desde o momento em que um produto é concebido até a chegada dele na casa do consumidor final. Entre eles, podem estar, por exemplo, falhas e lentidão na colaboração remota entre equipes de backoffice, locais de produção, regiões e fornecedores. Outro gargalo comum é a falta de transparência na conformidade regulatória e de segurança e no gerenciamento da cadeia de suprimentos e rastreamento do desenvolvimento de produto.
Questões como essas podem gerar muitos problemas para o varejo, especialmente se o setor em que a empresa atua exigir processos rápidos, como o de moda. “É comum as pessoas usarem ferramentas e trabalharem em diversas fases dos processos sem que elas estejam interligadas. As ferramentas não se conversam e as pessoas precisam usar meios diferentes para se comunicar, como e-mail e WhatsApp, que não têm dependência nem fluência direta entre eles”, explica Leandro Silva, Centric.
Sistemas, tecnologias e pessoas
A empresa possui, entre os clientes, grandes marcas como Riachuelo, Renner e C&A, e oferece um sistema de Product Lifecycle Management (PLM) que integra sistemas, processos e pessoas. “O objetivo é não só linkar sistemas e tecnologias, mas também unificar pessoas, que assim podem colaborar entre si, tanto internamente quanto com os fornecedores e parceiros de mercado”, explica Silva.
Dessa forma, a empresa pode ter uma visão geral de todo o ciclo de vida do produto, que inclui os momentos de inspiração, concepção, nascimento, definição de público-alvo e monitoramento do canal de vendas, entre outros. “Esse monitoramento ajuda a empresa a entender como retroalimentar as próximas coleções”, diz o executivo.
Soluções como essa mostram como a tecnologia tem mudado a forma de se vender e, na outra ponta, de se comprar. Os processos são todos baseados em dados históricos e financeiros, o que permite que as empresas tenham informações sobre quem está comprando seus produtos, quanto esses clientes estão gastando e quais as preferências dele – para, assim, fidelizá-los às marcas.
Para efeito de comparação, o tempo médio que um produto leva para ser colocado à venda, a partir do momento em que é concebido, é de seis meses. Uma solução de PLM pode encurtar esse período entre 15% e 35% no segmento de moda – ou até cortar pela metade.
Imagem: Envato