O CEO da Vulcabras, Pedro Bartelle, disse nesta quarta-feira, 22, que o ano de 2024 começou com muitas incertezas. Dentre elas, ele cita a reoneração da folha de pagamento, que aconteceu após o planejamento das empresas já ter sido feito.
Ele defendeu ainda a isonomia tributária entre produtos importados por sites de cross border e o produzidos nacionalmente. “O Brasil sempre foi usado para escoar excedente de produção chinesa”, afirmou.
Sobre o tema, o presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, afirmou que a isenção de imposto de importação para compras de até US$ 50 nesses sites “atrapalha a geração de empregos no setor calçadista”.
Os comentários foram feitos durante a BFSHOW, feira organizada pela Abicalçados com foco em negócios do setor.
Setores se unem em manifesto
Entidades de setores atingidos pelo fim parcial da desoneração da folha de pagamentos publicaram em 21 de fevereiro, um manifesto pela manutenção do benefício. Uma saída ao impasse da reoneração, considerada fundamental à meta de zerar o déficit das contas públicas primárias, foi discutida nesta quarta-feira em reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Representantes do setor produtivo estiveram nesta quarta no Congresso para pressionar pela derrubada da medida provisória que inclui a volta da cobrança patronal de 17 setores desonerados. Como parte da mobilização, foi publicado um manifesto a favor da “discussão democrática da desoneração da folha de pagamento”.
Com informações de Estadão Conteúdo
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